F.C.Porto 4 - F.C.Famalicão 1. Dragões nos quartos-de-final às costas do melhor jogador dinamarquês do ano
quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
Depois de na 14ª jornada do campeonato ter defrontado e derrotado o Estrela da Amadora - 3-1 - e antes de defrontar o Alverca para a 15ª da mesma prova na próxima segunda-feira, o FCP tinha pela frente um obstáculo chamado FCF em jogo a contar para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Num era um jogo contra um adversário qualquer, era um jogo com uma equipa com bons jogadores e boa colectivamente e para seguir na prova, o FCP não podia facilitar, cometer os mesmos erros que cometeu em alguns jogos - Vitória, Malmö e Estrela só para referir os três últimos em casa. Tinha de estar concentrado, atento, sem bola trabalhar bem a pressão e recuperação rápida, como fez no no passada segunda-feira, com bola simplificar em vez de complicar, passar bem, encontrar as melhores opções e definições, ser objectivo e eficaz na hora de finalizar
Com três jogos no espaço de uma semana, Francesco Farioli estava obrigado a gerir, mas sem fazer uma revolução como aconteceu no jogo da Taça da Liga contra o VSC. Assim, apesar de em relação ao jogo anterior estarem seis alterações no onze inicial, os que entraram podiam perfeitamente cumprir sem que a equipa ficasse descaracterizada, ao contrário do que aconteceu na Taça da Liga. De início com Diogo Costa, Martim Fernandes, Bednarek, Prpić e Francisco Moura, Pablo Rosario, Froholdt e Gabri Veiga, William, Deniz Gül e Pepê, o FCP entrou ao ataque, William ameaçou à primeira, à segunda colocou o os Dragões na frente. O golo pareceu fazer mal à equipa de Francesco Farioli que começou a facilitar, passou por um mau período, o Famalicão reagiu, empatou num canto com a defesa portista mal na foto. Mas se o golo marcado adormeceu os portistas, o sofrido parece que os acordou. Com mais critério, melhores opções e definições, contundência na hora de finalizar, o FCP podia ter marcado mais um golo. Pepê foi derrubado na área, o árbitro achou que foi fora, o VAR não disse nada, da falta nada resultou. FCP mais um vez prejudicado. Mas mesmo quando as coisas não estão muito bem, o melhor jogador dinamarquês não brinca, aparece e marcou, voltou a adiantar os portistas.
Sem se exibirem a alto nível, jogo chegou ao intervalo com os Dragões na frente. Resultado justo e se o penálti fosse assinalado...
Para a 2ª parte o FCP veio com o mesmo onze, o jogo recomeçou com Pepê a estragar uma boa saída para o ataque. Aliás, há jogadores que continuam a ter algumas desconcentrações inaceitáveis.
Aos 58 minutos saíram Gabri Veiga e Deniz Gül e entraram Rodrigo Mora e Samu.
No minuto seguinte Bednarek nem queria acreditar no que desperdiçou.
Estava melhor o FCP, mais assertivo nas saídas, circulando melhor e explorando melhor os espaços. Mas de repente, aquilo que era fácil complica-se, começam os passes errados, as piores opções, só Froholdt continua sempre igual a si próprio.
Aos 71 minutos entraram Alberto Costa e Borja Sainz, saíram Francisco Moura e William Gomes. Martim Fernandes passou para a esquerda
Excelente passe de Rodrigo Mora para Borja Sainz, faltou mais espontaneidade ao espanhol na hora de rematar.
Alberto Costa esqueceu-se da bola e ia criando um problema complicado.
Com o Famalicão a arriscar, era necessário sair bem, aproveitar e aumentar a contagem. O que aconteceu. Canto de Mora, desvio, Samu ao segundo poste, fez o 3° golo.
Não estava ganho, era preciso manter a concentração, defender bem, procurar dilatar a vantagem. Mas pedir concentração a alguns jogadores portistas não é fácil e mais um lance que podia ter corrido mal junto à baliza de Diogo Costa. Pablo Rosario parece que não aprendeu com o erro frente ao Vitória.
Saiu Martim Fernandes, entrou Kiwior, iam decorridos 82 minutos.
Numa jogada bem construída, bola entrou em Mora, este contemporizou, cruzou, Samu cabeceou, Zlobin defendeu, Pepê na recarga e de cabeça, fez o 4°.
O jogo chegou ao fim com a vitória clara e sem discussão do FCP frente a um Famalicão bem na 1° parte, só assustou e pouco na 2ª por culpa de algum facilitismo de alguns jogadores que equiparam de azul e branco.
Objectivo cumprido.
Agora apetece-me dizer isto: FCP nos quartos-de-final às costas do melhor jogador dinamarquês do ano. Impressionante a exibição do jovem médio dos Dragões. Marcou, pressionou, recuperou, jogou sempre em alta rotação, mas sem inventar, com a simplicidade dos craques. Sim, porque o futebol é coisa simples. Que alguns dos seus colegas vejam os vídeos e sigam o seu exemplo.
Nos quartos o adversário é o Benfica. Voltaremos a ter no Estádio do Dragão, Mourinho e o seu autocarro.
Nota Final:
O Sporting tanto pressionou, condicionou e atacou João Pinheiro que hoje pode agradecer ao Mostovoi de Viatodos e ao VAR ainda continuar na Taça de Portugal. 12 minutos para decidir um lance e decidir mal, é um escândalo. Se aquele que é o melhor árbitro português se deixa condicionar...
O que se passou hoje nos Açores, é uma pouca vergonha, foi levar o Sporting ao colo para a próxima eliminatória. Como o que tinha acontecido para o campeonato foi pouco, hoje ainda capricharam.

