quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Depois de ter feito o que era preciso em Tondela, o FCP precisava fazer o mesmo frente ao Malmö FF para dar um grande passo em frente no objectivo de conseguir o apuramento directo para os oitavos-de-final da Liga Europa.
Com quatro dias entre os dois jogos, um luxo nos tempos que correm, mas tendo jogo frente ao Estrela da Amadora já na próxima segunda-feira, era necessário gerir, mas de maneira que luta pela vitória no jogo de hoje com os suecos fosse possível, mas de forma que no jogo com os lisboetas esteja um Dragão em boas condições físicas e não uma equipa desgastada. Pesando esses factores Francesco Farioli fez entrar Diogo Costa, Martim Fernandes, Bednarek, Kiwior e Moura, Froholdt, Pablo Rosario e Rodrigo Mora, Pepê, Samu e Borja Sainz - três alterações em relação à equipa que iniciou o jogo do último domingo: Martim, Pablo e Borja - e o FCP entrou como sempre, trocando a bola à espera de encontrar o espaço para ferir o adversário. Mas o primeiro remate com algum perigo foi dos suecos. Que logo de seguida podiam ter marcado em mais uma saída de trás desastrada por parte da defesa do FCP - Diogo Costa e Kiwior. Responderam os azuis e brancos com Froholdt de cabeça a ameaçar.
O problema dos Dragões continua a ser a incapacidade do seu meio-campo em pensar, executar e passar bem. Quando Rodrigo Mora conseguiu fazer o que era preciso, colocou em Borja que sozinho não fez golo. Um grande passe de Pepê que deixou Samu na cara do guarda-redes, tentou o chapéu, mas saiu de aba curta. Estava melhor o FCP, dominava, mas na frente faltava qualquer coisa na hora de finalizar. Uma boa jogada de ataque, Pablo Rosario fez um passe de roptura para Mora que cruzou para Samu abrir o marcador. Novamente um erro grosseiro defensivo de Pablo Rosario a meias com Diogo Costa, ia custado caro - isto tem definitivamente de acabar. Na resposta, golo do FCP. Bisou Samu a passe de Borja Sainz de cabeça. Ficava a sensação que se os portistas circulassem bem e rápido, podiam marcar mais. Mas para isso é necessário estar sempre ligado, concentrado era preciso não inventar e há jogadores que parecem apostados em complicar, tornar o fácil em difícil - Pepê, Martim, Borja, Pablo.
Quando se executa fácil, cheira o golo e foi assim que Mora a cruzar e Froholdt a cabecear estiveram perto do 3° golo.
O jogo chegou ao intervalo com o FCP na frente por dois golos de diferença, uma vantagem justa frente ao Malmö que quase se limitou a aproveitar os erros da equipa de Francesco Farioli para criar perigo.
Para a 2ª parte era preciso manter a concentração, não facilitar, adormecer à sombra da vantagem, procurar marcar mais golos, não deixar o adversário entrar no jogo.
Sem alterações a equipa do FCP entrou a conquistar um canto, sinal que ia à procura de marcar. Portistas pressionavam bem, ganhavam a bola no último terço, mas não eram clarividentes a definir.
Aos 57 minutos saíram Rodrigo Mora e Samu, entraram Eustaquio e Deniz Gül.
Era preciso jogar simples, circular, evitar correr riscos desnecessários, até porque os suecos não ameaçavam. Porquê meter na profundidade em vez de trocar a bola, procurar os espaços, finalizar?
Aos 70 minutos saíram Martim Fernandes e Pepê, entraram Alberto Costa e William Gomes.
Era um período em que sem bola a equipa de Farioli fazia bem a pressão, com bola raramente acertava, porque fazia opções erradas.
William fez bem a diagonal, mas falhou no remate.
Aos 81 saiu Borja Sainz e entrou Alarcón.
Num espaço de um minuto o guarda-redes dos suecos salvou dois possíveis golos - Froholdt merecia o golo e Deniz Gül também podia ter marcado.
Com alguns jogadores completamente desligados, William era um bom exemplo, Alarcón teve uma excelente jogada para mais uma boa defesa de Olson. E a falta de concentração, o desligar do jogo, a forma displicente como alguns jogadores do FCP abordam os lances, custou um golo sofrido, auto-golo de Francisco Moura, em cima do final do jogo, mas em que Alberto Costa também tem grandes responsabilidades. Enfim, mais um brinde que não se pode aceitar. O comprometimento, a concentração, não é negociável, tem de ser do primeiro ao último minuto.
O jogo chegou ao fim com ao fim com a vitória que não se discute do FCP, mas com outra abordagem e outra atitude podia ter sido bem mais robusta e sem sofrer o golo.
Hoje, tal como com o Vitória, nesse jogo com as consequências conhecidas, com o Nice e com o Estoril, felizmente sem consequências, foram dadas demasiadas facilidades aos adversários. Muito por culpa de abordagens aos lances inadmissíveis em alta competição. De qualquer maneira, foi dado mais um passo em frente na concretização do objectivo pretendido, colocar o FCP nos oitavos-de-final sem ter de jogar os play-offs.


