Populares Mês

sábado, 17 de janeiro de 2009



Nem vale a pena dizer nada sobre a primeira-parte, pois a exibição do F.C.Porto foi tão pobre, tão abaixo dos mínimos exigíveis, que nem merece que explique porquê. Não houve nada que se aproveitasse no jogo do Tricampeão. Foi tudo mau e ponto final!
Depois de uma prestação tão má, na segunda metade, o F.C.Porto só podia melhorar e melhorou, embora sem nunca deslumbrar. Melhorou pois a vontade e a atitude foi muito diferente. A pressão aumentou a equipa equilibrou-se, esteve melhor posicionada, criou mais espaços e podia ter ganho, justificou-o, por uma vantagem mais dilatada. Começa a ser um caso de estudo, a dificuldade que o F.C.Porto tem para marcar um golo. Hoje teve de ser um auto-golo...

Temos 6 pontos e inacreditavelmente, vamos ter de esperar 24 horas, para sabermos se estamos apurados para as meias-finais. E é preciso dizer, que se nos apurarmos, as meias-finais, são a 4 de Fevereiro, entre uma saída ao Restelo, a visita do Benfica ao Dragão e depois, de termos jogado a meio da semana, 28 de Janeiro, contra o Leixões para a Taça de Portugal. Quando eu disse e no lançamento do jogo contra o V. de Setúbal, que a Taça da Liga era de grau quatro na escala de prioridades, era por estas razões. Vamos entrar num ciclo terrível de jogos, em que se vai decidir muito da época e para esse ciclo, é preciso um F.C.Porto na planitude de todas as suas capacidades. Um Porto cansado, mal gerido fisicamente, podia deitar tudo a perder.

Espero que esta gestão do plantel se faça já notar, no jogo contra o Braga, pois aí, por todas as razões e mais a pouca vergonha do Benfica/Braga, vai ser necessário um grande F.C.Porto.

Apenas vou analisar Cissokho e Tarik: o marroquino, mesmo descontando o facto de ter estado muito tempo parado, é um fantasma que se arrasta em campo, sem um pouquinho que seja, do jogador que na temporada passada entusiasmou as plateias. Dá claramente a ideia, que já não está com a cabeça no F.C.Porto.

Cissokho: o jovem francês fez um jogo muito aceitável, mas quer fizesse um grande jogo ou um mau jogo, eu diria exactamente, a mesma coisa: não é, ninguém esperava que fosse, um jogador capaz de chegar e pegar de estaca. É um jogador para crescer, evoluir e se fazer, no F.C.Porto. Penso que tem capacidade e potêncial, para isso.

O árbitro num jogo fácil de dirigir, mesmo não tendo decisões daquelas que dão que falar, fez uma arbitragem fraquinha e prejudicou o F.C.Porto. É extraordinária a forma como as arbitragens, na hora de decidir e em caso de dúvida, decidem contra o F.C.Porto, nos pequenos pormenores, imagine-se, nos grandes!

Declarações de Jesualdo no final da partida:
«Tivemos muitas oportunidades, bolas nas postes e alguma infelicidade. Os golos não entram e é natural que haja falta de serenidade. Esperava ver um F.C. Porto na primeira parte, mas vi uma grande Académica. Os meus parabéns. Mas foi uma boa vitória e foi preciso um autogolo para marcar. Tivemos ocasiões para o fazer, mas quando os golos não aparecem surge alguma instabilidade.»

«Fizemos um esquema para colocar jogadores menos rodados e descansar outros, para chegar aqui com 20 jogadores em condições de jogar. Dentro do nosso planeamento, fosse qual fosse o resultado da Madeira, chegávamos aqui na mesma.

[sobre ter de ficar à espera de resultados para saber se passa à fase seguinte] «Quando se joga uma meia-final, numa última jornada, os jogos têm de ser à mesma hora e no mesmo dia. Mas é um bocado ridículo estar à espera de ver o que vai acontecer.»
Chama-se: "Poeta Castrado, não!"
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
--- é tão vulgar que nos cansa ---
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
--- a morte é branda e letal ---
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
--- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
--- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico
ladrão
prostituta
proxeneta
espoleta
televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset