Há meses atrás dizia Antero Henrique que esta era a Liga mais difícil dos últimos anos. Não tenhamos dúvidas, é! E é por isso mais um grande desafio que se coloca aos homens que dirigem o F.C.Porto. Homens que ao longo dos tempos têm dado provas mais que suficientes da sua capacidade, da sua competência, do seu profissionalismo e da sua experiência em lidar com situações muito difíceis - basta recordar a tentativa dos abutres vermelhos, que, apoiados pela sua filial, o Vitória de Guimarães e com a conivência, comprometida, da Liga, e na Liga, com particular destaque para a Comissão Disciplinar presidida pelo benfiquista Ricardo Costa, tudo fizeram para colocar o F.C.Porto fora da edição 2008/2009 da UEFA C.League.
Também ninguém tem dúvidas que mesmo que sonhemos com a Liga dos Campeões; que queiramos muito ganhar a Taça de Portugal; e na Taça da Liga, mesmo que o fundamental seja dar minutos e ritmo aos jogadores menos utilizados e aos jovens talentos da formação, se pudermos ganhar, não vamos dizer que não, o principal objectivo da época é o Pentacampeonato. Ora, na prova mais importante do calendário futebolístico português as coisas não estão famosas.
Por factores internos e externos: nos internos, a irregularidade exibicional da equipa; a fraquíssima qualidade do seu futebol, com uma ou outra excepção; os erros do treinador, que não há meio de perder os medos e os receios que lhe tolhem os movimentos; porque alguns meninos - jogadores - estão deslumbrados, com a cabeça no ar e ainda não perceberam o que está em jogo; porque falta, para mim e disse-o, quando no fim de Agosto não contratamos ninguém, um avançado de qualidade e diferente dos que temos; o silêncio perante variadíssimas situações em que fomos manifestamente prejudicados e que é a antítese do F.C.Porto guerreiro que não levava desaforo para casa.
Sobre o silêncio quero abrir aqui um capítulo para dizer o seguinte: neste país vergonhosamente centralista, somos presos por ter cão e presos por não ter. Tanto faz termos uma postura correcta, como termos um comportamento incorrecto: somos sempre maltratados, ignorados, descriminados, boicotados. Só seriamos uns tipos porreiros, desportistas exemplares, fidalgos no bem receber e um clube fantástico, se, tal como no passado, não ganhassemos a ponta de um corno. Alguém quer voltar a esses tempos? Não, pois não? Então voltemos a ser o Porto de sempre, que quando tem razão vai até ao fim do mundo para fazer valer essa razão - se isto não vai com Labaredas, soltemos o Fogo do Dragão!
É neste cenário e com a perspectiva de perder por algum tempo, Hulk, Sapunaru, e diz-se, Helton, Fucile e C.Rodríguez - o justiceiro vermelho tudo vai fazer para sair da CD em glória benfiquista -, que o F.C.Porto enfrenta a segunda fase da época e mais um enorme desafio às suas capacidades. Acredito e confio, que nos vamos sair bem. Mas para isso é importante que todos assumam as suas responsabilidades e a estrutura funcione na sua plenitude... mesmo que alguém tenha de ser sacrificado. Têm a palavra os responsáveis portistas.
PS 1- Há várias semanas que se fala na ida de Fábio Faria, jogador do Rio Ave, para o Benfica. Todos os dias chegam novos jogadores para os vermelhos da Luz e de Fábio Faria, nada! Será que já não vai ser contratado? Será contratado na semana do jogo Rio Ave/Benfica, ou no fim do jogo?
PS 2- Porque será que o vermelho que preside à CD da Liga ficou possesso com a decisão do Conselho de Justiça, que revogou a pena ao Director de Comunicação do F.C.Porto, Rui Cerqueira?