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sábado, 26 de dezembro de 2009



E, «Tenham calma. Ainda temos, na Grécia, uma palavra a dizer», foram frases, fortes, que fizeram história, dirigidas por José Mourinho a S.Markarian - treinador do Pana - e aos Superdragões, depois do F.C.Porto 0 - Panathinaikos 1, relativo aos quartos -de-final da Taça UEFA. Quando, por várias razões, tudo parecia perdido para o Grande Clube da Invicta: derrota em casa; nunca o F.C.Porto tinha ganho na Grécia; a qualidade da equipa grega - base da selecção helénica que passado um ano se viria a tornar campeã da Europa; o terrível ambiente nos estádios gregos, etc., aquelas frases, ditas com tanta crença e tanta convicção, marcaram, para mim, o percurso de José Mourinho, que passou de bom treinador, a treinador de topo. A forma como o actual treinador do Inter passou a mensagem, foi de tal maneira convincente, que o contágio foi imediato junto do universo portista, com paradigma na principal claque dos Dragões - no jogo seguinte, nas Antas, os Super mostraram uma tarja onde se podia ler: « Se vocês acreditam nós também acreditamos.» Escuso-me a dizer o que se passou - todos conhecemos o que foi a gloriosa caminhada que culminou na memorável noite de Sevilha, com a conquista, única de um clube português, da Taça UEFA.

Jesualdo,
no final do Benfica/Porto, também disse algo semelhante, mas, e tenho pena, que a forma como o disse tenha passado despercebida e não tenha tido a crença, a determinação, a convicção de José Mourinho, de maneira a convencer, principalmente, os portistas mais cépticos, que isto, de facto, ainda não acabou...Apesar disso, como tenho a certeza que ainda há no F.C.Porto gente com esse espírito - embora às vezes não pareça... -, acredito que a verdadeira história deste campeonato somos nós que a vamos contar. Fundamental, no entanto, para que isso seja uma realidade e não apenas ficção de um portista apaixonado, é preciso que regressem e rapidamente, a alma, a mística e o Porto guerreiro de sempre; que quem manda, haja no tempo certo e no momento oportuno; que o silêncio não seja insurdecedor, quando o vermelho que preside à C.Disciplinar da Liga, tiver dois pesos e duas medidas; quando os roubos de Igreja prejudicarem o F.C.Porto, independentemente, de termos jogado bem ou mal - Uma coisa é uma derrota, justa, mas limpa, outra é uma derrota justa mas com um golo falso como Judas; que o treinador deixe se ser casmurro e perca, definitivamente, os medos e os receios que o tolhem, antes e durante os jogos; e que os profissionais portistas, os que jogam, não se escondam e tenham o pensamento apenas no clube que servem e lhes paga o salário.

Se o lema, ano novo, vida nova, tiver significado, ainda vamos a tempo. Como sócio e adepto, de sempre e para sempre, cumprirei a minha pequeníssima função. Que quem tem maiores responsabilidades cumpra também as suas...

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