quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
No regresso da C.League e também de Hulk, que teve uma saída precária do longo cativeiro onde está a penar, vítima do despudor de um Pavão Vermelho que não tem vergonha e já faz as coisas à escâncara, os mais de quarenta mil espectadores que esta noite se deslocaram ao Dragão não devem ter dado por mal empregue o tempo perdido, já que assistiram a um excelente espectáculo, repartido, com lances de perigo, ora numa, ora noutra área e duas equipas a lutarem pela vitória, que sorriu ao Dragão, mas e verdade seja dita, podia ter dado um empate, que talvez fosse o resultado mais justo.
Gostei do Porto que se apresentou esta noite no belíssimo anfiteatro portista, frente a uma equipa que tem um futebol que me encanta e me traz grandes recordações - foi assim, com um futebol semelhante, apoiado, de toque em progressão, com a bola sempre redonda, que o F.C.Porto conquistou a Europa e o Mundo. Melhor, mais equilibrado, mais consistente, na segunda-parte, mais trapalhão, mais nervoso, menos equipa na primeira. No entanto, o jogo até teve um início forte do Tetracampeão, que entrou muito bem, dinâmico, rápido a sair para o ataque e que nos dois primeiros lances do encontro criou duas chances de golo, golo que viria a surgir logo a seguir por Varela, embora muito ajudado pelo guarda-redes dos gunners... Não durou muito esse bom período azul e branco, já que, rapidamente, o Arsenal reagiu, equilibrou, ameaçou e chegou ao empate, num lance de bola parada e com a colaboração da defesa portista, centrais em particular, que não quiseram ficar atrás do polaco que defendeu a baliza da equipa londrina e retribuiram o brinde. A partir daí e porque o meio-campo portista não se encontrava -Fernando perdido e Meireles sem ritmo e a acusar a paragem prolongada -, a equipa de Arsène Wenger foi mais perigosa, teve um ligeiro ascendente e valeu Helton para que o F.C.Porto tivesse chegado ao intervalo empatado. Na segunda-parte e em particular depois da saída de Meireles, melhorou a equipa azul e branca, foi mais equilibrada, mais consistente, fechou melhor os espaços e chegou ao golo da vitória, por Falcao, aproveitando a inteligência de Rúben Micael que marcou rapidamente a falta. Depois defendemos bem, embora, frente a uma equipa de nível superior, com grandes jogadores e com um ritmo de jogo que a nossa Liguinha não dá, o perigo estivesse sempre à espreita, com particular incidência na parte final do jogo, onde eram notórias as dificuldades físicas de alguns jogadores do Campeão e não me refiro apenas a Hulk, que tem atenuantes... É muito complicado aguentar fisicamente um adversário que joga um futebol que desgasta, que obriga a correr muito, a marcar bem e a fazer compensações sistemáticas, um futebol servido por jogadores de qualidade superior, com uma técnica e uma capacidade de executar em velocidade, que à mínima distração, é a morte do artista. Já nem falo do árbitro, ou melhor dos árbitros, que na C.League deixam jogar, não páram o jogo por tudo e por nada e isso, também pesa em jogadores que não estão habituados a tão poucas paragens.
Gostei do Porto que se apresentou esta noite no belíssimo anfiteatro portista, frente a uma equipa que tem um futebol que me encanta e me traz grandes recordações - foi assim, com um futebol semelhante, apoiado, de toque em progressão, com a bola sempre redonda, que o F.C.Porto conquistou a Europa e o Mundo. Melhor, mais equilibrado, mais consistente, na segunda-parte, mais trapalhão, mais nervoso, menos equipa na primeira. No entanto, o jogo até teve um início forte do Tetracampeão, que entrou muito bem, dinâmico, rápido a sair para o ataque e que nos dois primeiros lances do encontro criou duas chances de golo, golo que viria a surgir logo a seguir por Varela, embora muito ajudado pelo guarda-redes dos gunners... Não durou muito esse bom período azul e branco, já que, rapidamente, o Arsenal reagiu, equilibrou, ameaçou e chegou ao empate, num lance de bola parada e com a colaboração da defesa portista, centrais em particular, que não quiseram ficar atrás do polaco que defendeu a baliza da equipa londrina e retribuiram o brinde. A partir daí e porque o meio-campo portista não se encontrava -Fernando perdido e Meireles sem ritmo e a acusar a paragem prolongada -, a equipa de Arsène Wenger foi mais perigosa, teve um ligeiro ascendente e valeu Helton para que o F.C.Porto tivesse chegado ao intervalo empatado. Na segunda-parte e em particular depois da saída de Meireles, melhorou a equipa azul e branca, foi mais equilibrada, mais consistente, fechou melhor os espaços e chegou ao golo da vitória, por Falcao, aproveitando a inteligência de Rúben Micael que marcou rapidamente a falta. Depois defendemos bem, embora, frente a uma equipa de nível superior, com grandes jogadores e com um ritmo de jogo que a nossa Liguinha não dá, o perigo estivesse sempre à espreita, com particular incidência na parte final do jogo, onde eram notórias as dificuldades físicas de alguns jogadores do Campeão e não me refiro apenas a Hulk, que tem atenuantes... É muito complicado aguentar fisicamente um adversário que joga um futebol que desgasta, que obriga a correr muito, a marcar bem e a fazer compensações sistemáticas, um futebol servido por jogadores de qualidade superior, com uma técnica e uma capacidade de executar em velocidade, que à mínima distração, é a morte do artista. Já nem falo do árbitro, ou melhor dos árbitros, que na C.League deixam jogar, não páram o jogo por tudo e por nada e isso, também pesa em jogadores que não estão habituados a tão poucas paragens.
Conclusão: uma vitória, mesmo que pela diferença mínima e com um golo sofrido é uma vitória. Mas para que essa vantagem permita a passagem da eliminatória, vai ser preciso um Porto como em Manchester e em Madrid.
Eu acredito, mesmo tendo consciência do enorme obstáculo que temos de ultrapassar...
Gostei muito de Helton, da defesa, com excepção do golo do Arsenal e aí, mais culpa dos centrais, de Rúben Micael, de T.Costa que entrou muito bem, de Varela e de Falcao. Gostei menos de Meireles, mesmo com a atenuante da paragem e de Fernando, embora tenha acabado muito bem. Hulk, mal na primeira-parte, muito agarrado à bola, melhor, bem melhor na segunda. Acabou com cãibras, porque devia ter saído mais cedo, digo eu...
Mariano e Belluschi, o pouco tempo que jogaram não permitia grandes feitos, embora o patinho feio ainda tivesse uma ou duas boas iniciativas...