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sexta-feira, 4 de junho de 2010



André Villas Boas:
«Este clube tem um compromisso com as vitórias. Prometer faz muito lembrar 2002, quando um predestinado entrou aqui e prometeu pela primeira vez. Neste clube vence-se desde 1893 e quero fazer parte disso. Prometer seria mais do mesmo, uma repetição.»

«Há um impacto exagerado de mediatismo. Referem-se muito à minha juventude e não às competências inerentes à minha escolha. O que foi mais importante na decisão foi escolher competências e um perfil, e sem dúvida que o presidente teve isso em conta. Mais importante do que debater uma série de situações que vos podem parecer importantes é evidenciar as minhas competências e o meu crescimento como técnico, num percurso que me parece estar à vista de todos.»

«Se calhar, para muitos, o que faço cheira a imitação e a clone, mas refuto isso. Sou muito mais clone de Bobby Robson do que de José Mourinho. Tenho descendência inglesa, nariz grande e gosto de beber vinho. Trago uma nova forma de encarar o jogo. Sei perfeitamente o que se exige num clube de topo, o que é rendimento. Conheço o target que tenho de atingir e será essa a definição. Marcou-me o Robson, pelo empurrão inicial, marcou-me o José Mourinho, com quem partilhei muitas ideias e vivências. Marcou-me muita gente com quem trabalhei nesta casa, onde entrei aos 17 anos. A partir daí fui criando também as minhas ideias. O futebol está em constante evolução. Também eu me adaptei, procurei enquadrar-me com o futebol moderno.»

«Fala-se muito em modelo de jogo, em organização, quando nada se tem definido. Acho que tenho um modelo de jogo bem definido, se não tivesse era incompetente e incompetente é coisa que não sou. Sei o quero para a minha equipa, seja em treino, seja em jogo, e quero fazê-la funcionar dentro desse estilo, com equilíbrio e com uma imagem à Porto, que é o mais importante.»

Ao seu lado, o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa fez uma breve intervenção sobre a escolha de André Villas-Boas: «Ouvi muita gente e todas as pessoas que ouvi, no momento da decisão final, apoiaram esta escolha. Portanto, não vejo qualquer preocupação. Quando se acredita num projecto novo é para ir para a frente, sem receios. Pelo que li nos jornais nos últimos dois dias, ele já teria 3000 anos, se somássemos as vezes em que disseram que ele tem 32 anos. Sou muito mais velho do que ele e não estou preocupado. Estou é com um bocado de inveja e se calhar é o que alguns têm».

Um novo modelo de apresentação, um significado claro e que não admite discussões, do apoio total e inequívoco da SAD e de toda a estrutura do futebol profissional portista ao novo treinador do F.C.Porto, André Villas Boas.
Sobre o que disse André, eu gostei, muito, mas sou suspeito - gosto muito dele e acredito muito nele -, por isso não vou dizer nada que já não tenha dito: vi uma pessoa com confiança nas suas capacidades e competências, um discurso novo, arrojado, moderno, que marca a diferença. Ninguém pode dizer que vamos ganhar sempre, mas há uma coisa que tenho a certeza: nunca vamos sair do campo com a sensação que não fizemos tudo para ganhar. Isso, com André Villas Boas, se acontecer, só vai acontecer uma vez.

Acompanham Villas Boas, Vítor Pereira, Pedro Emanuel, Zé Mário, Wil Coort e António Dias. Ao contrário de Rodolfo Reis - "São pessoas que, a nível do futebol nacional, não fizeram nada de especial. É uma aposta pessoal do presidente, mas são pessoas que não têm títulos, não subiram equipas" -, acho que é uma excelente equipa técnica.

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