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sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Agora que tudo está a correr bem, até acima das expectativas, em que as loas e os elogios são mais que muitos, recupero um post que publiquei no "Dragão até à morte", dia 16 de Março de 2009, numa altura que alguns, os mesmos de sempre, já colocavam tudo em causa, desde o Presidente, Administração da SAD, jogadores, etc. Não o faço para um auto-elogio fácil, mas para dizer que ser do F.C.Porto, conhecer quem ao longo de quase três décadas dirige o clube, com provas mais que dadas, obriga a que tenhamos calma, respeito, MEMÓRIA, confiança, porque se não há organizações perfeitas, a do F.C.Porto é de longe a melhor, a mais profissional e a mais competente do futebol português. Seguidismo, gritaram alguns, não me tocaram nem me tocam, o futuro, eterno juíz, coloca sempre tudo no devido lugar e a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima. Mas, como dizia terça-feira Miguel Sousa Tavares, se os nossos inimigos, mesmo perante estas demonstrações de força, nunca serão capazes de nos dar valor, de reconhecer os nossos méritos e esse é um problemas deles, tenho pena, muita pena mesmo, que alguns portistas reajam da mesma forma quando as coisas correm mal. Nessas alturas é que se vê quem é quem e dar crédito a quem o merece, não é seguidismo, nem nada de especial, apenas fazer justiça a quem diariamente faz por a merecer, é apenas portismo.
Portistas, é apenas um pequeno hiato...
«Que a época não está a corresponder às nossas expectativas, é um facto indesmentível; que os inimigos do F.C.Porto - são tantos! - aproveitem para cavalgar a onda e tentar pisar em cima do melhor clube português, até admito - são tão poucas as alegrias que têm tido nos últimos anos...; agora que apareçam portistas a juntar-se ao côro, colocando tudo em causa, já é mais difícil de entender. A famosa estrutura, outrora tão elogiada, parece que perdeu todas as qualidades; o Presidente, dizem, já não é o que era, anda distraído e até já aparece nas revistas cor-de-rosa; não temos plantel, nem equipa; volta a velha e esgotada cassete dos comissionistas; há argentinos a mais; parece que não temos estratégia para a Liga, porque se tivessemos, deviamos andar por aí com uma campainha a anunciá-la; o futuro é preocupante, até parece que o F.C.Porto está sem rei nem roque... Sinceramente...
Quando Pinto da Costa entrou para o F.C.Porto, em Abril de 1982 - nem vale a pena repetir em que condições o clube se encontrava. Apenas digo que não tinha dinheiro para mandar cantar um cego... -, não ganhamos os campeonatos de 1983 e 1984, mas ganhamos em 1985 e 1986. Perdemos o de 1987, mas nesse ano fomos Campeões Europeus em Viena e do Mundo no Japão. Voltamos a ganhar o de 1988 e a esse juntamos a Supertaça Europeia. Em 1989 não ganhamos nada - foi a última temporada, desde que PC é líder do F.C.Porto, que não ganhamos nada...-, mas voltamos a ganhar em 1990. Perdemos em 1991, mas ganhamos em 1992 e 1993. Perdemos em 1994, mas a seguir fomos Penta. Depois, uma pequena seca, de três anos, deu lugar a dois títulos e coisa menor, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões e Campeões do Mundo. Ai!, 2004/2005, tantas e tantas asneiras - só no Dragão perdemos 24 pontos! É o fim, gritavam os mesmos inimigos de agora e se calhar alguns portistas... Se não fosse o Mourinho...O Special One foi-se e...Tetracampeões. Falhamos o Penta, mas alguém tem dúvidas que vamos voltar a ganhar? Que já estamos a trabalhar para isso? Eu não tenho!
Como vêem, não é apenas por paixão, é também por razão, pela a certeza que a pequenos hiatos de desilusão, seguem-se sempre novas vitórias retumbantes. Porque haverá de ser diferente no futuro?
Nota final: como repararam não falo das muitas Taças de Portugal e Supertaças que ganhamos entretanto. Coisas pequenas, de quem se contenta com pouco...»
Concluo dizendo o seguinte: é verdade que apenas ganhamos a Supertaça, mas há dúvidas que temos todas as condições para voltarmos a ganhar? Penso que não, embora e isso é fundamental, cautela e caldos de galinha - pode ser daquela que andava a passear junto do Roberto... -, nunca fizeram mal a ninguém.
