Mariano Gonzalez não é um craque, alguém capaz de arrebatar multidões - apenas por duas vezes me levou aos píncaros: em Manchester, quando marcou, já no fim do jogo, o golo do empate a dois; e na época passada, no F.C.Porto 5 - Sporting 2, para a Taça de Portugal, em que marcou um golo extraordinário -, antes pelo contrário, é um jogador mal amado, um patinho feio, alguém capaz, de num minuto, fazer uma coisa fantástica, para logo a seguir, falhar de maneira clamorosa e levar o mais calminho dos adeptos ao desespero. Mariano não é um titular indiscutível, mas é um jogador de quem os treinadores gostam - sobre isso e estabelecendo algumas semelhanças com Semedo e Ricardo, fiz um post que podem ver aqui - e gostam porque o argentino é um atleta que acrescenta, que está sempre disponível para ajudar e se sacrificar, jogando, se for necessário, a defesa-direito e até a defesa-esquerdo, como foi o caso do F.C.Porto 2 - Leixões 3, naquela que foi a mais tenebrosa das invenções de Jesualdo. Para além disso Mariano é um grande profissional, alguém que tem um discurso correcto, que recebe, ajuda, integra quem chega de novo, como foram os casos de vários argentinos e não só, que chegaram ao F.C.Porto depois dele. Prova disso que é o 1º capitão dos Dragões e ninguém chega a este patamar pelos seus lindos olhos. Teve uma lesão gravíssima - aqui -, recuperou, mas como não estava inscrito, teve de aguentar. Regressa agora e humildemente revela ansiedade, quer ficar, renovar contrato e sabe que tem seis meses importantes pela frente...