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sábado, 14 de julho de 2012


Frente a um adversário com muito mais andamento, mais capacidade, melhor organizado e estruturado e que não teve nada a ver com aquele Servette, o F.C.Porto foi obrigado a aplicar-se mais, a ser mais rápido, a pensar e a executar melhor, a ser mais equipa. Conseguiu-o durante uma hora, sem grande brilhantismo, alguns descompensações e desequilíbrios, mas com boas jogadas, uma pressão e ritmo interessantes. Assim, o jogo foi menos conseguido, menos entretido, mas mais competitivo, logo, serviu melhor os interesses portistas nesta altura da época. A partir dos 60 minutos, com a saída de mais de meia equipa, a coisa complicou-se e o Évian podia ter chegado à vantagem que seria penalizadora, mas que podia ter acontecido em duas ocasiões, pelos menos. Tudo porque com a saída do meio-campo todo; de Kléber para a entrada de um Janko claramente em dificuldades e ainda mais estático que o costume; de Djalma que dava profundidade e criava desequilíbrios; e ainda James, que fazia a ligação e tinha bola; a organização perdeu-se, a estrutura abalou - valeram os centrais que foram aguentando a coisa...- e nunca mais se nada de interessante até ao fim, com a excepção do golo de Maicon, num livre exemplarmente marcado.

Notas finais:
Acho que estes jogos servem para rodar jogadores e é importante que joguem todos, mas mantendo a base e fazendo entrar dois ou três, de maneira que a juventude esteja enquadrada pelos habituais titulares, possa ter confiança e o equilíbrio necessário para mostrar serviço Mudando quase tudo, as coisas não funcionam e a imagem que fica, muitas vezes, não corresponde à realidade e ao valor de quem entra naquelas circunstâncias.

Sobre quem jogou e se tivesse que escolher o melhor, dos mais "velhos", seria Fernando. Dos mais novos, uma nota negativa e duas positivas. A negativa é para Atsu que não repetiu a boa exibição frente ao Servette. Abúlico, lento a pensar e a executar, o jovem talento do F.C.Porto acusou e de que maneira, tantos elogios, alguns claramente excessivos que lhe foram feitos. Foi bom, estas exibições menos conseguidas servem para ele colocar os pés na  terra, pensar que para se ter sucesso tem de se continuar a trabalhar muito, a manter a humildade e aprender todos os dias. Está lá tudo, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
As positivas, uma vai para Fabiano Freitas que se estreou na equipa do F.C.Porto. O guarda-redes que veio do Olhanense e estava destinado a voltar a Olhão, se aquela aberração de proibir os empréstimos entre clubes da 1ª Liga não fosse aprovada e que ainda não tem a situação clarificada, foi importante, decisivo mesmo e com duas excelentes defesas, uma milagrosa, teve uma grande contribuição na vitória do F.C.Porto. Outra vai para Kelvin que no pior período, foi o melhor, o único que conseguiu ter bola, esticar o jogo, criar desequilíbrios. Sobre o jovem brasileiro, uma questão se coloca: o que fazer com ele? Ficar no F.C.Porto, ir entrando, aprendendo e jogando pela equipa B? Ou emprestá-lo e como não pode ser a uma equipa da 1ª Liga, aproveitar o interesse do Servette?

Acabou o estágio e o saldo é positivo. Se pensarmos que há muitos jogadores que ainda não estiveram no estágio, temos razões para estar optimistas, a não ser que venha por aí um tsunami que varra o Dragão. Nada nos indica que possa vir, mas se vier, aí, mesmo que tenhamos já algumas alternativas em vista, não será a mesma.


FC Porto 1-0 Evian TG por simaotvgolo12

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