Alheios a todo o frenesim que por estes dias invadiu este cantinho à beira-mar plantado, os profissionais do F.C.Porto, com o plantel todo disponível, continuam a preparar o clássico com total tranquilidade e concentração absoluta. Nada perturba o reino do Dragão e no domingo acredito firmemente que estará na Luz um Porto personalizado, corajoso, ambicioso. Personalizado para aguentar a pressão e a determinação benfiquista que a morte de Eusébio extrapolou. Corajoso, porque dos fracos não reza a história e os que servem a causa portista sabem que no do F.C.Porto mais vale quebrar que torcer. Ambicioso porque o lema e a marca do melhor clube português é: até podemos não ganhar, mas não podemos sair do campo sem a certeza que fizemos tudo para ganhar. Como disse Louis van Gaal, um dos meus técnicos de eleição, durante a semana 95% do trabalho é da responsabilidade do treinador e 5% dos jogadores; no jogo as situações invertem-se, a grande responsabilidade é de quem joga e na mesma proporção. Assim e como tivemos uma semana inteira para preparar o jogo e o jogo da Taça com o Atlético deu para gerir, espero que todos cumpram as suas obrigações e na Luz vejamos um Porto de qualidade, à altura dos seus pergaminhos.
Aqui o Benfica-F.C.Porto mais marcante que vi ao vivo.

Notas soltas:
Qual é o objectivo de um jornal ao desenterrar a lance de Petit/Vítor Baía, no Benfica-F.C.Porto disputado em Outubro de 2004, a 3 dias do clássico? Não, não precisam de responder... Mas por mais que o panfleto da queimada grite a plenos pulmões, usando a táctica de Goebbels, uma mentira muitas vezes repetida, passa a ser verdade, ninguém prova que a bola entrou.
Fico à espera que amanhã falem do penalty que Coroado assinalou num lance em que Vítor Baía nem tocou em Karel Poborsky ou no canto directo de Clayton que o auxiliar não viu dentro da baliza.

É óbvio que se o engano da menina no sorteio tivesse como protagonista o F.C.Porto tinha caído o Carmo e a Trindade. Bola fria e bola quente; o sistema em todo o seu esplendor; está tudo feito; Pinto da Costa controla tudo. Como não é o F.C.Porto, mas o clube do regime, é apenas um engano próprio de qualquer ser humano. Até concordo. Coitada da pequena. Apesar de tudo teve sorte. Se fosse com os Dragões o lixo da manhã ia logo fazer o levantamento pessoal, saber quem era o pai, a mãe, irmãos, namorado, amigos, marcação cerrada à porta de casa... e se algum fosse portista...