Enquanto nós esperamos e quase desesperamos, o clube do regime continua a fazer as coisas pelo outro lado
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Até o treinador ser apresentado acredito que não se vai saber nada, depois de ser apresentado - sobre Sérgio Conceição, respeito todas as opiniões, mas como disse anteriormente, não me vou pronunciar e por isso interessa-me pouco a fórmula Conceição. Estou cansado de criar expectativas que saíram defraudadas, mesmo assim gostava mais de saber como jogam as equipas de Sérgio Conceição, quais os sistemas, os modelos, se são equilibradas, organizadas, etc. - espero que quem de direito se explique. E se explique desde a questão financeira, isto é, como vamos sair desta situação que nos colocou sob a alçada da UEFA - os dias passam e nada sobre quem sai. E se é verdade que ninguém gosta de ver sair jogadores e normalmente só saem os melhores, na actual situação vender é fundamental - até à parte desportiva, equipa principal, equipa B e formação, mas também sobre as modalidades. Nesta questão das modalidades, somos dos três grandes o que tem menos modalidades de alta competição e mesmo assim estamos a perder competitividade.
Portanto, vai Jorge Nuno Pinto da Costa ser capaz de descer do pedestal e dizer o que precisa de ser dito? Veremos. Que devia e devia muito, isso para mim é claríssimo. Era bom que o senhor presidente percebesse os sinais ou quem o rodeia lhe fizesse perceber que não foram os portistas, pelo menos uma parte significativa de portistas que mudaram, quem mudou foi o senhor presidente na forma como tem gerido o clube/SAD nos últimos anos.
E enquanto o F.C.Porto está nesta situação, os portistas à espera e quase desesperam, o seu principal rival já está a semear para colher na próxima época. Esta notícia: "Benfica ameaça abandonar a direcção da Liga", é significativa e diz muito sobre aquilo que se vai passando no futebol deste país à beira mar plantado.
O clube do colinho, do andor e dos vouchers; o polvo que estende os tentáculos por todo o lado; o clube que tem privilégios que mais ninguém tem e cuja impunidade é bem notória; o clube a quem quase todos prestam vassalagem, desde políticos até a uma comunicação social prostituída; ainda não está contente, quer mais. É preciso um grande descaramento, não ter um pingo de vergonha na cara. E como já há um pentacampeão no futebol português, mas não há um hexa, proponho que sejam já entregues os títulos 2017/2018 e 2018/2019 ao clube do regime. Talvez aí a desfaçatez dos sem vergonha termine, a normalidade regresse ao futebol português.
Nota final:
Já tinha escrito a parte do post referente ao clube do regime, quando li a entrevista do presidente do Conselho de Arbitragem, Fontelas Gomes. Registo duas notas: 1, o homem tinha três pastelarias, duas em Lisboa e uma no Porto. Agora só tem as duas da capital do império. 2, tem relações frias com o presidente da Liga, Pedro Proença.
Se calhar agora já começo a perceber melhor a posição do clube do regime.