sábado, 9 de setembro de 2017
Porque sei que estes jogos após os compromissos com as selecções são sempre complicados - há jogadores a chegar muito em cima e desgastados física e mentalmente, rotinas que se perdem, expectativas defraudadas...-, a questão que se colocava era: depois de um percurso 100% vitorioso antes da pausa - 4 jogos, 4 vitórias, 9 golos marcados e 0 sofridos, 12 pontos conquistados -, que Porto no regresso do campeonato e antes do primeiro jogo da Champions? Um Porto sem acusar a paragem ou a sentir o efeito da pausa? A resposta é simples: foi um Porto diferente, para pior, em relação aos jogos anteriores; um Porto que acusou a paragem; mas foi um Porto que venceu com toda a justiça, uma vitória valorizada pela excelente réplica do Chaves, que fez um belo jogo e não merecia perder por um resultado tão desnivelado. Apesar do menor brilho da exibição, o objectivo foi conseguido e agora temos o F.C.Porto na liderança do campeonato - tem melhor saldo entre golos marcados e sofridos no confronto com o Sporting -, um Dragão que continua com um percurso imaculado e sem sofrer golos.
Com Layún a ser a única alteração em relação à equipa que entrou de início na "Pedreira", os outros foram Casillas,Felipe, Marcano e Alex Telles, Óliver, Danilo, Corona, Marega, Aboubakar e Brahimi, o F.C.Porto fez uma primeira-parte abaixo do normal. Nunca a equipa de Sérgio Conceição foi uma equipa agressiva, consistente, capaz de pressionar e circular bem, de escolher as melhores opções, foi uma equipa que errou muitos passes, esteve desconcentrada, atabalhoada, faltou a dinâmica de jogos anteriores, o futebol não fluiu, não houve oportunidades flagrantes. Sem fazer muito mais que defender bem e procurar uma ou outra oportunidade para contra-atacar, o conjunto de Luís Castro foi conseguindo levar a água ao seu moinho, não admirou o nulo ao intervalo.
Se durante os primeiros 45 minutos quase ninguém escapou à mediania, o lado direito mexicano, Layún e Corona, em particular o segundo, foi o que esteve pior.
Sérgio Conceição que não estava a gostar e por isso já tinha colocado vários jogadores a aquecer durante a etapa inicial, ao intervalo mexeu, tirou o inconsequente Corona, meteu Soares e deu-se bem: logo aos 4 minutos Aboubakar adiantou os Dragões. Feito o mais difícil, o F.C.Porto procurou o segundo e da tranquilidade, mas se as melhoras em relação à primeira-parte foram evidentes e por uma ou outra vez o 2-0 podia ter surgido, o facto é que não surgiu e o bom período do F.C.Porto não durou muito. Com o resultado na diferença mínima, os transmontanos foram ganhando confiança, acreditando, aproveitaram alguma desorganização e falta de inspiração dos portistas, ameaçaram, tiveram e desperdiçaram duas boas oportunidades para empatar. Já com Otávio no lugar de Aboubakar e André André no de Brahimi, o F.C.Porto ficou mais equilibrado e chegou ao segundo golo aos 86 minutos - cruzamento para a área, corte com a mão, penalty claro, que o árbitro assinalou. Soares atirou, Ricardo defendeu, mas o brasileiro na recarga fez o golo, acabou com as dúvidas.
Passados 2 minutos, Marega, um dos melhores, ainda fez o terceiro, colocando o resultado numa diferença de golos injusta para os de Chaves.
Nota final:
Mais uma grande enchente no Dragão, mais um grande apoio à equipa. Espera-se a mesma coisa na próxima quarta-feira.