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sábado, 21 de outubro de 2017


Depois da má exibição e da derrota justíssima em Leipzig, a que se seguiu alguma turbulência que teve o epicentro na conferência de imprensa de antevisão, com Sérgio Conceição a falar alto e grosso na defesa da sua opção por José Sá, em detrimento de Iker Casillas, no jogo da Alemanha, F.C.Porto recebeu num Dragão muito bem composto, 40.125 espectadores, o F.C.Paços de Ferreira e venceu, melhor, goleou, com uma exibição de muito bom nível e que durou o jogo praticamente todo.
O treinador tinha prometido uma reacção forte ao desaire europeu e a reacção foi fantástica.

Entrada fortíssima do F.C.Porto, um golo de Ricardo Pereira aos 4 minutos, um milagre do guarda-redes pacense aos 6 evitou o segundo, tudo parecia maravilhoso para a equipa azul e branca. Mas um passe na queima para Herrera, uma má abordagem do mexicano, perda de bola em zona perigosa, originou um contra-ataque, equipa descompensada, Welthon teve tempo para tudo, arrancou um grande pontapé, empatou aos 8 minutos. Foi injusto para a equipa de Sérgio Conceição e para José Sá, o Paços nada tinha feito para marcar, limitava-se a defender e a procurar travar de qualquer jeito as investidas portistas. Após o golo os azuis e brancos acusaram o toque, mas rapidamente encarrilaram, voltaram a fazer bem e depois de Felipe aos 18 minutos colocar novamente em vantagem a equipa da casa e justiça no marcador, os pupilos de Sérgio Conceição arrancaram para uma exibição de alto nível. Mais dois golos surgiram, ambos por Moussa Marega - o 3-1 aos 22 e 4-1 aos 33 - e até ao intervalo o F.C.Porto continuou de prego a fundo e numa avalanche atacante que o conjunto da Capital do Móvel nunca conseguiu travar, criou e desperdiçou várias oportunidades para elevar a contagem.
Quando Manuel Oliveira apitou para o descanso, apesar do resultado já ser dilatado, o Paços pode dar-se por feliz, podia ter recolhido às cabines a perder por seis ou por sete a um.
Foi um Porto de alto nível nos 45 minutos iniciais, um Porto que teve dinâmica, largura, profundidade, intensidade, pressionou e circulou bem, construiu jogadas colectivas de nota alta, marcou quatro golos, alguns magníficos.

Com uma vantagem tão confortável e tudo praticamente decidido; depois de um jogo a meio da semana que desgastou e deixou marcas; e sem esquecer que já há outro na próxima terça-feira contra o Leixões para a Taça da Liga, havia a expectativa de saber se o F.C.Porto ia manter o ritmo, continuar a assaltar o último reduto do Paços com tudo, ou,  pelo contrário, ia abrandar, gerir, apenas controlar. Podia ser assim, acho que seria compreensível e aceitável, mas esta equipa respeita o público e por isso não desligou, continuou com as mesmas virtudes da primeira-parte e a jogar muito bem, apenas foi faltando alguma eficácia para que o marcador fosse dilatado mais cedo - a perdida de Danilo ao minuto 52, essa então, foi incrível. Mas se tardou, não tardou muito e o F.C.Porto iria chegar aos seis - Corona fez o quinto e Aboubakar fechou a contagem - e o Paços pode dar-se por feliz, podia ter sofrido ainda mais alguns.
Resumindo, foi uma exibição de grande fulgor colectivo e com muitas individualidades a brilharem a grande altura. Uma exibição com períodos de um nível de jogo que satisfez o mais exigente dos adeptos e o F.C.Porto tem adeptos muito, muito mesmo, exigentes.
Agora vamos esperar no palanque o que vai acontecer com os nossos rivais amanhã.

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