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segunda-feira, 23 de outubro de 2017


Sérgio Conceição tinha prometido uma reacção forte à derrota e à exibição em Leipzig e cumpriu: a exibição e o resultado, que podia ter atingido números ainda bastante mais altos, ultrapassou as expectativas - obviamente, todos os portistas esperavam ganhar, mas não acredito que esperassem um resultado tão desnivelado e uma exibição tão exuberante. Particularmente, acredito, até pelos comentários ouvidos ao intervalo, muito poucos esperariam que após ter conseguido uma vantagem confortável no final dos 45 minutos iniciais, a equipa mantivesse a mesma determinação e o mesmo espírito de conquista, pensavam que com uma vantagem segura, a equipa ia controlar, gerir, deixar que o tempo passasse. E foi tudo muito limpinho, limpinho... clarifico, sem qualquer benefício do senhor do apito e seus auxiliares, ao F.C.Porto, porque houve lances que deixaram muitas dúvidas... em prejuízo dos azuis e brancos - mas deixemos isso para o especialista em anatomia, que dirá de sua justiça no final do post.
Apesar de cumprir a promessa, o treinador do F.C.Porto também disse no final do jogo duas coisas que importa abordar e reflectir: temos de estar sempre focados, não podemos passar do oito ao oitenta; Ricardo não jogou em Leipzig porque não estava a 100% e a apesar de os oitavos-de-final da Champions ser um objectivo, a prioridade é o campeonato. Sobre a primeira, concordo totalmente, mas tenho uma explicação que se não será a única razão, tem muita influência nessa bipolaridade que Sérgio referiu:
Mesmo descontando a diferença de qualidade entre o Leipzig e o Paços, tenho para mim e não é de agora, que as pausas para os compromissos com as selecções causam grandes danos na forma como a(s) equipa(s) se apresenta(m). Após essas paragens é preciso como que recomeçar, voltar às rotinas habituais - quem vai tem a vantagem de continuar a competir, manter o ritmo, a exigência e as campainhas alerta, tem o inconveniente de desgaste físico, jogos e viagens, novos métodos de treino, afastamento da família, alimentação... quem fica, sem competição, aproveita para descomprimir, relaxar, abrandar o ritmo -, e demora sempre algum tempo até às coisas voltarem à normalidade. E como o Lusitano, por muito que fosse encarado com seriedade, provavelmente nem foi tão duro como um treino normal, o primeiro embate, com um adversário forte e habituado a ritmos muito altos, fez-se notar. Acredito que  agora que estamos de regresso à normalidade e até à nova paragem, vamos ter um Dragão forte, consistente, pronto para responder e estar à altura das suas responsabilidades nos próximos desafios que vai ter pela frente, jogo da Champions League incluído.
Sobre a questão do lateral-direito, Sérgio não pode estranhar nem ficar zangado, porque tendo Ricardo no banco em Leipzig e sabendo a sua qualidade, haja quem estranhe a sua opção por Layún. Dada a explicação, que faz sentido - quero muito que o F.C.Porto siga para a fase seguinte da prova rainha, entre clubes, da UEFA, mas quero muitíssimo mais que o F.C.Porto seja campeão -, nada mais a acrescentar, é uma opção compreensível.

Amanhã, para a Taça da Liga, um desafio que já teve a uma história marcante no futebol português, um derby regional entre F.C.Porto e Leixões.
A equipa de Matosinhos está a fazer um bom campeonato da 2ª Liga, na 1ª jornada da prova patrocinada pelos CTT, ganhou em casa ao Paços de Ferreira, lidera o Grupo D com 3 pontos. E porque, embora já em menor escala, ainda há uma grande rivalidade entre dois clubes, é um bom jogo e um teste bem mais exigente que o Lusitano para que aqueles que não têm sido muito utilizados se apresentem bem, prontos para  mostrarem ao treinador que estão aí para agarrar todas as oportunidades.
Como Sérgio Conceição não gosta de perder nem a feijões, até nos jogos de homenagem fica com azia, espero um Porto sério, determinado, com atitude e o espírito correcto na procura da vitória.

Como não conheço as nuances do regulamento e não sei quem vai ser convocado, deixo a equipa provável, embora com algumas dúvidas:
Casillas ou Vaná, Maxi, Reyes, Layún e Dalot - será que pode jogar, depois de ter jogado ontem pela equipa B? -, Sergio Oliveira, André André e Óliver, Hernâni, Galeno e Otávio.
Uma equipa forte, porque o Leixões assim obriga.
Ainda a propósito da conferência de imprensa de Sérgio Conceição, na antevisão do jogo da 9ª jornada do campeonato, importa dizer o seguinte:
Em momento algum, o treinador do F.C.Porto colocou em causa as opções do treinador do Benfica sobre quem deve ou não deve ser o titular da baliza do clube do regime. Sérgio Conceição e bem, apenas colocou em causa a forma como a comunicação social e alguns comentadores "independentes" analisaram as prestações e os erros de José Sá e Svilar. Algumas análises feitas já na fase posterior à dita conferência de imprensa, só vieram confirmar a razão do técnico dos Dragões.
O futuro dirá quem mais brilhará, se Sá ou Svilar e até podem fazer os dois grandes carreiras... Porque por mais que alguns, com particular ênfase no panfleto da queimada, coloquem já nos píncaros o guarda-redes do Benfica, não fazem nada de novo. Como temos boa memória, sabemos que este tipo de comportamentos são prática corrente no jornal "dirigido" por Vítor Serpa, sabemos que naquela casa nunca faltaram comparações, algumas totalmente absurdas, nunca faltaram candidatos a Eusébio e a meninos de ouro. Agora temos a fase, foi você que pediu um novo Michel Preud´homme?

Tudo acontece ao clube do regime, até o VAR dá o badagaio...
Falando claro e sem facciosismo, nem clubismo: no Aves - Benfica de ontem, qual foi a falta mais evidente? A de Jonas sobre Nildo ou a Gonçalo Santos sobre Pizzi na jogada que veio a culminar no três a um para o Benfica? Como sou bom moço, mesmo tendo muitas dúvidas, até dou de barato, como garantido, que houve falta, não digo que não houve falta nenhuma, como dizem muitos entendidos. Para além do Ferrari e do seu assistente, sem esquecer o quarto árbitro, só conheço uma pessoa que não concorda que a falta do jogador do clube do regime é muito mais evidente: Pedro Guerra. Então, porque se marca a menos clara e não a mais clara? Azar do caraças - assim, para não ferir susceptibilidades -, para ajudar à festa, vejam bem, até o VAR deu o badagaio, gripou, impediu uma ajudinha ao Ferrari.
- O quê? Sou ingénuo, ainda acredito no Pai Natal? No Boavista - Benfica, o golo do clube do regime também foi precedido de uma falta clara de Luisão, o VAR estava a funcionar e nada, valeu na mesma? OK, sendo assim:
O clube do regime podia ganhar um jogo sem polémicas, sem deixar a pairar no ar sensação que sem a ajudinha na hora do aperto não ia lá, porque joga pouco? Poder, podia... mas não era a mesma coisa!

Quanto à pouca vergonha que os anjinhos organizados da Luz fizeram na Vila das Aves, nada de novo... num biram, num oubiram, num leram, num sabem de nada. 
O que interessa é que mais logo, Cristiano Ronaldo seja novamente The Best, não é Facadinhas?


Meus amigos, hoje para a lição de anatomia, temos connosco o Prof. Dr. Duarte Gomes e que nos vai explicar o que são mãos, o que é testa e o que são joelhos.
Faça favor, senhor Prof. Dr. Duarte Gomes.
- Muito obrigado pela oportunidade de clarificar, já que há tantas dúvidas acerca do que é o quê nos corpos humanos. Para isso e para simplificar, vamos utilizar uma linguagem futebolística. E então, vejamos: mão pode ser testa e testa pode ser mão. Como assim, perguntam vocês? Se a bola bate na testa de um jogador e o árbitro marca penalty, a testa não é testa, é mão. Mas se a bola bate na nuca e o árbitro marca penalty, a nuca também é mão. Idem se bate na barriga e o juiz vê mão. O mesmo se a bola bate na mão e o árbitro, tal como um ex-árbitro e agora comentador, acham que bateu no joelho. Aí a mão deixa de o ser, passa a ser joelho. Isto pode parecer estranho, mas só é para leigos, para os grandes experts em anatomia, como é o meu caso, isso é tão óbvio como beber um copo de água.
- OK, senhor Prof. Dr. Duarte Gomes, kickoff​ para o senhor e quem somos nós, simples humanos, para contrariar tanto conhecimento e tanta sabedoria?

Mais tarde:
- Senhor Prof. Dr. Duarte Gomes, acho que está errado, desta vez mão foi mesmo mão, não foi joelho.
- Ai sim? Vou usar todos as tecnologias ao meu alcance para ficar esclarecido... é verdade, tem toda a razão, joelho foi as duas coisas, joelho e mão.
- Ufa, que alívio... já andavam por aí a dizer que o senhor via mal, era daltónico, confundia tudo, trocava, não os vês pelos bês, mas mãos, testas e joelhos, em função da cor das camisolas.

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