Na ressaca de um fim-de-semana atribulado e marcado pela saída do melhor jogador do campeonato anterior e um dos poucos acima da média que compõem o plantel do FCP, o pequeno, apenas na altura, Otávio, os Dragões defrontaram o Farense e venceram, mas sofreram muito, muito mais do que se esperaria, o Farense por 2-1.
Na 1 vez de Nico González a titular, o conjunto de Sérgio Conceição, entrou forte, pressionante, dominador, bem Zaidu pela esquerda, como corolário dessa superioridade, Toni Martínez adiantou os portistas aos 13 minutos. Como notas negativas, o nulo aproveitamentos nos lances de bola parada, cantos particularmente, a incapacidade para fazer mais golos, as invenções inconsequentes de Pepê.
A partir da meia-hora, mesmo num ritmo mais lento, o FCP podia ter aumentado a vantagem. Não aumentou e pior do que isso, entrou num período de apatia, desconcentração, as asneiras sucederam-se, do nada e já perto do intervalo e num lance de bola parada o Farense esteve perto do empate, bola na barra de Diogo Costa. Golo do empate que veio já no tempo de compensação e castigava a forma inaceitável, como o conjunto do FCP abordou a parte final da 1ª parte.
Entrando para a etapa complementar com o mesmo onze, só aos 58º minuto o FCP esteve perto do golo, Toni Martínez falhou clamorosamente na cara do guarda-redes. Depois desse lance os azuis e brancos subiram de rendimento, aos 65 João Mário atirou à barra. De seguida saíram Zaidu e Nico, entraram Gonçalo Borges e André Franco. Entretanto continuavam os lances de bola parada, mas tal como na 1ª parte, aproveitamento nulo. Aos 75 minutos saiu Taremi- mais uma exibição confrangedora -, entrou Fran Navarro e continuava em campo um desastrado Pepê.
Galeno também não estava melhor, bem colocado atirou para a bancada. Já Gonçalo Borges fez bem, fintou o defesa, mas depois em vez de assistir quis marcar de ângulo impossível.
Aos 84 minutos foi Fran Navarro a desperdiçar uma boa chance.
Logo entrou Namaso e saiu aquele que para mim estava a ser o melhor jogador dos Dragões, João Mário. E cima do minuto 90, Toni Martínez voltou a falhar um golo certo.
O árbitro deu 12 minutos de desconto. Aos 10, depois de Gonçalo Borges perceber o que tinha de fazer - também já tinha feito bem antes quando deixou Fran Navarro muito perto do golo -, colocou a bola na área com critério, Marcano fez o 2° golo, colocou o FCP na frente. Já no último minuto, mais uma saída de bola desastrada de Pepê, o Farense recuperou, podia ter sido um grande dissabor para os Dragões.
Como conclusão, a vitória é justa, mas a qualidade da exibição voltou a deixar muito a desejar. Mesmo frente a uma equipa que tinha sido goleada em casa pelo Casa Pia, só no 10° minuto do tempo de desconto o FCP chegou à vitória. O público que encheu o Dragão merecia muito mais. Este jogo demonstrou, mais uma vez, que quando é preciso ir ao banco e meter jogadores para dar a volta, há alguns que parecem apostados em dizer que deles não se pode esperar nada. Não estou a falar de Gonçalo Borges que começou mal, mas rapidamente percebeu o que era necessário fazer e fez bem, teve um papel fundamental na vitória.
Se o que importa é apenas ganhar, OK, ganhamos, mas quem te viu e quem te vê, FCP!