F.C.Porto 3 - Vitória S.C. 0. No Olimpo, Jorge Costa aplaudiu de pé uma vitória que peca por escassa
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Depois do trágico acontecimento que foi a partida repentina de Jorge Costa, uma das figuras de referência e mais marcantes da história do FCP, o nosso "Bicho" e que simbolizava verdadeiramente o que é ser Porto, se possível, passou a ser muito mais importante entrar a ganhar no campeonato.
Frente a um adversário tradicionalmente difícil como é o Vitória, Francesco Farioli escalou Diogo Costa, Alberto Costa, Nehuén Pérez, Jan Bednarek e Martim Fernandes, Alan Varela, Victor Froholdt e Gabri Veiga, Pepê, Samu e Borja Sainz e os Dragões viram o Vitória criar uma excelente oportunidade. Tudo começou numa perda de bola de. Samu no ataque. Rapidamente o FCP tomou conta do jogo e num contra-ataque chegou a vantagem aos 12 minutos, marcou Pepê.
Em vantagem os azuis e brancos não abrandaram, mantiveram a pressão, o ritmo e a qualidade, criaram algumas oportunidades claras para aumentar a vantagem - Victor Froholdt e duas vezes Samu, numa a bola entrou, mas havia fora-de-jogo. Até que aos 32 minutos Samu à ponta-de-lança fez o 2°. Saúde-se o facto de ser na sequência de um lance de bola parada. E podia ter feito o 3°, sozinho rematou fraco.
Nos últimos 5 minutos, mérito do Vitória e alguns erros do FCP, mais trapalhão a trocar e no critério a sair, mais desequilibrado - Alan Varela tem de ocupar melhor a zona central do meio-campo. Não podemos ter um seis que não é famoso a construir e também não é capaz de limpar aquela zona central -, os vimaranense chegaram na frente com perigo, mas sem marcar.
O jogo chegou ao intervalo com os Dragões na frente, 2-0, resultado que até podia ser mais dilatado. A exibição, tirando a parte final da 1ª parte foi muito bem conseguida.
Na 2ª parte o FCP entrou com o mesmo onze e logo no recomeço podia ter feito o 3°. Borja Sainz falhou um golo certo.
Martim Fernandes lesionado, saiu de maca, deu lugar a Zaidu. E Samu após um lançamento lateral rapidamente executado também podia fazer melhor. Mas o futebol não fluía como na 1ª parte, a bola não circulava bem, mais individualismo, pior qualidade de jogo.
Zaidu mal colocado obrigou Bednarek a um esforço suplementar que lhe custou a saída para a entrada de Prpić. Na mesma altura Gabri Veiga deu lugar a Eustaquio. Depois entrou William Gomes e saiu Borja Sainz.
Samu obrigou Charles a aplicar-se para evitar o golo, mas era o prenúncio que ele não tardaria. Remate de Eustaquio, defesa e na recarga o internacional espanhol fez o 3°.
Mesmo não sendo tão brilhante como durante um longo período dos 45 minutos iniciais, o FCP voltou a ficar por cima. A equipa de Francesco Farioli melhorou com as substituições, recuperou a alma, alguma qualidade e já com Luuk de Jong em campo - entrou a substituir Samu -, ainda marcou o 4° por Eustaquio após um toque maravilhoso de calcanhar do neerlandês. Pena que não valeu, havia fora-de-jogo.
Resumindo, entrada com o pé direito de um Dragão que foi a maioria do tempo, muito competente e muito superior.
Sem embandeirar em arco, ainda há retoques a fazer, mas a tendência só pode ser para melhorar.
No Olimpo, Jorge Costa aplaudiu de pé uma vitória que não merece discussão e peca por escassa.