Quem vai à Madeira para defrontar o Nacional, principalmente nesta altura, nunca tem a certeza se as condições climatéricas permitem que o jogo se realize. Na 1ª tentativa jogaram-se 14:30 minutos, na 2ª o restante tempo.
Dragões com uma alteração em relação ao jogo do nevoeiro, saiu Alan Varela por lesão e entrou Vasco Sousa. Os outros, Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén, Otávio e Galeno, Eustaquio, André Franco, Rodrigo Mora e Pepê, continuaram e o FCP entrou com a possibilidade de ascender ao 1° lugar isolado. Mas quando nem perante essa possibilidade a equipa é capaz de ter a raça, alma, pica de vencer, entrar com tudo, comer a relva se for preciso, entra em campo completamente a dormir - JÁ TINHA AVISADO QUE NÃO PODÁIMOS ENTRAR COMO ENTRAMOS NO JOGO DO NEVOEIRO -, sofre um golo fácil logo a começar, essa equipa - equipa técnica e jogadores -, não tem perdão, só merece críticas contundentes. E não me venham com pedidos de desculpa. Chega de conversa da treta.
O jogo recomeçou e logo após o reinício, 3 minutos, tudo muito fácil, toda a gente a ver jogar, golo do Nacional.
Procurou reagir o conjunto da Invicta, mas muito mal. Não foi uma reacção que encostasse o Nacional atrás, criasse perigo. Não, foi uma reacção anémica, que nem cócegas fez. Não havia critério, os passes errados eram constantes, idem para as más definições e opções, não havia um único rasgo, um jogador que se destacasse. Mais, para além disso equipa pouco organizada na transição defensiva permitia que os insulares saíssem com algum perigo. Perante tanto cinzentismo não era preciso à equipa da Madeira fazer um grande jogo, bastava ter organização defensiva e sair bem para o contra-ataque.
O tempo passava e a incapacidade do FCP era notória, lances de golo, zero, era uma pobreza que metia dó.
Aos 42 minutos saíram Martim Fernandes lesionado e Pepê - é melhor nem dizer nada... - entraram João Mário e Namaso. E no seguimento e um canto que não devia ter sido marcado, devia ser assinalado fora-de-jogo ao jogador insular, defesa do FCP novamente a dormir na forma, jogador do Nacional cabeceou sozinho no meio de vários defesas do FCP, aumentou a contagem.
O jogo chegou ao intervalo com os nacionalistas na frente com dois golos de vantagem e uma exibição miserável da equipa de Vítor Bruno. Há limites para se jogar tão mal. Há limites para erros tão grosseiros.
Na segunda-parte os portistas entraram com duas alterações, saíram Vasco Sousa e André Franco, entraram Fábio Vieira e Gonçalo Borges. E entraram muito melhor, o que não era difícil. Dominaram, não permitiram quase nada ao Nacional, mas faltava contundência e capacidade para marcar pelo menos um golo que permitisse relançar o jogo.
Vítor Bruno fez a última substituição, ao minuto 62 tirou Rodrigo Mora e entrou Deniz Gul. Mas a tudo continuava na mesma, uma ou outra oportunidade - Gul e Samu as mais flagrantes -, mas metê-la na baliza nem pensar. E na recta final do jogo, já sem discernimento, o coração aqueceu, mas só deu para vários amarelos - Nehuén, Otávio, Fábio Vieira e Gonçalo Borges.
O jogo chegou ao fim com uma vitória, justa, do Nacional. A equipa madeirense aproveitou as facilidades que onze jogadores travestidos de jogadores do FCP deram na primeira-parte e na segunda aguentou a reacção portista. Com alguma sorte aqui e ali, mas defendendo bem a sua baliza, não permitindo um golo sequer a um Dragão que hoje não honrou a camisola.
Nota final:
Uma equipa que tem a possibilidade de chegar à liderança isolada, não só não consegue como faz pior, perde um jogo que tinha obrigação de ganhar, não se pode queixar de nada - as condições estavam óptimas para jogar futebol -, apenas da sua falta de estofo e qualidade. E uma equipa que não tem essas capacidade só por milagre consegue atingir aquele que é o seu principal objectivo para esta temporada, ser campeão.
PS - Não podemos andar a repetir constantemente a mesma coisa, máximas que não são negociáveis em quem veste a camisola do FCP, seja ela azul e branca ou laranja.
Podemos perder todos os jogos, não podemos perder NUNCA, por falta de comparência. Se não têm aquilo que é a marca FCP, vão ao gabinete do presidente e peçam para sair, não andem a passear e a desonrar o manto sagrado.