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domingo, 16 de fevereiro de 2025



Em Faro, no estádio do Algarve e não no São Luís, o FCP defrontava o SCF e não podia voltar a desperdiçar pontos, estava obrigado a vencer. Mesmo que uma das máxima do futebol - quem joga bem está sempre mais próximo de ganhar -, nesta altura do campeonato, os portistas até mandam às malvas a qualidade de jogo em nome de uma vitória. E foi exactamente isso que aconteceu. A exibição foi muito  fraquinha na 1ª parte, um pouquinho melhor na 2ª, mas os três pontos vêm para o Dragão.

Com Diogo Costa, Pepê, Zé Pedro, Nehuén, Otávio e Francisco Moura, André Franco, Fábio Vieira e Rodrigo Mora, Namaso e Deniz Gül - uma equipa muito diferente da que iniciou o jogo com a Roma. A pensar no desgaste que esse jogo deixou (as 72 horas consideradas como o mínimo para uma boa recuperação foram para o brejo) e também no jogo da próxima quinta-feira -, a questão que se colocava era: que Porto depois da notícia da morte de JNPC que certamente deixou marcas no plantel? Será que ao 5º jogo de Martín Anselmi, finalmente uma vitória nos jogos para o campeonato? 
O jogo começou com portistas com algumas dificuldades em sair, prática corrente, aos 6 minutos Fábio Vieira ameaçou. Quase de seguida Mora lento a decidir, embrulhou-se, perdeu o tempo de passe, gorou-se a chance. E continuou lento e egoísta nos minutos seguintes, só estragava. Sem castrar o talento é importante corrigir desde já. Neste período era Deniz Gül quem mostrava serviço - não demorou a desaparecer -, enquanto se notava a lentidão dos centrais a soltar - a quantidade de passes entre eles sem nada de produtivo, irrita o mais calmo dos adeptos.
Dragões incapazes de se impor, de ser dominadores, raramente construíam uma jogada com a qualidade que se exige. 
A meio da 1ª parte nem uma oportunidade de golo daquelas flagrantes.
Os lances de bola parada continuam mal explorados.
O Farense sem fazer nada de especial, conseguia construir melhor. O FCP não era uma equipa, era um conjunto de jogadores que  andavam por ali. Não preciso a estas equipas fazerem um grande jogo, transcender-se, para equilibrar e discutir o jogo frente a este Porto. Tudo muito lento, atabalhoado, sem critério, sem intensidade, sem qualidade. Não há um único jogador que brilhe, que saia da vulgaridade.
Só já nos descontos o golo esteve perto, mas não muito. Nem um remate e enquadrado nos primeiros 45 minutos. Confrangedor.

O jogo chegou ao intervalo com o resultado esperado em função do jogo das duas equipas, marcador em branco.
Mais uma exibição muito fraca, muito abaixo dos mínimos exigíveis a uma equipa do FCP.

Depois da péssima 1ª parte, seria expectável que o treinador do FCP mexesse na equipa.
Não mexeu. OK, ele é que sabe.

O jogo recomeçou com o FCP a ganhar um livre perto da linha lateral e no enfiamento da área, Fábio Vieira marcou o livre, Francisco Moura tocou no jogador do Farense, que caiu, mas de cabeça adiantou os portistas, após o OK do VAR. Têm de ser os defesas a marcar.
Em vantagem era importante não relaxar, abrandar, tentar o segundo golo.
A perder o Farense procurou reagir, enquanto os jogadores do FCP persistiam em complicar os lances mais simples. Ou não passavam logo e quando passavam já estavam em cima do adversário, ou erravam passes fáceis. Incrível.
Em cima do minuto 60, mais um livre, bola na área, Nehuén sozinho e de cabeça, nem rematou nem passou. Melhor, passou ao guarda-redes.
Ao minuto 62, tripla substituição no FCP. Saíram André Franco, Namaso e Deniz Gül, entraram João Mário, Eustaquio e Samu.
Mora continuava a passar ao lado jogo, enquanto alguns jogadores dos azuis e brancos, hoje de laranja, parecem viciados em jogar para trás, mesmo que rodando o corpo ficassem com muito espaço para subir.
Mora que foi substituído por Alan Varela, culminou uma exibição sem brilho, com cúmulo do desperdício. Falhou um golo com a baliza aberta, após excelente remate ao poste de Fábio Vieira.
Porto, não muito, mas melhor, mesmo que persistissem os mesmos erros. A recepção de alguns jogadores do FCP é desesperante. Idem para como se perdem as bolas fáceis.
Com a diferença mínima a manter-se, os jogadores do FCP incapazes em definir e assistir bem, concretizar, os algarvios acreditavam. E estiveram próximo do empate, valeu uma extraordinária defesa de Diogo Costa.
Aos 85 Martín Anselmi esgotou as substituições, saiu Pepê, entrou Vasco Sousa.
O jogo caminhava para o fim, portistas mais que procurar o 2°, seguravam a vantagem de um golo. A incapacidade dos jogadores do fazerem o básico, receber bem, passar bem no tempo certo e para quem está melhor colocado, era penosa.
Já em cima do final do jogo, entrada bárbara sobre Vasco Sousa, que se deve ter lesionado gravemente e o obrigou a sair de maca. Cartão vermelho para o jogador do Farense.

O jogo terminou com a vitória do FCP, num jogo em que a única a realçar é a conquista dos três pontos. 
Saúde-se a 1ª vitória de Martín Anselmi e lamente-se a lesão que tudo indica, grave, de Vasco Sousa a quem desejo um regresso o mais rápido possível aos relvados. 


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