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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025



Um Dragão ultimamente com muito pouca chama, jogando mal e sempre com dificuldades, até frente a adversários mais fracos e em jogos que era claramente favorito, seria capaz de dar uma pedrada no charco, surpreender e conseguir na capital italiana eliminar a Roma e chegar aos oitavos-de-final da Liga Europa? 
Durante um período até pareceu capaz da surpresa, mas depois voltou a cometer erros primários, deu vários tiros nos pés, perdeu, está fora da Liga Europa.

Com Diogo Costa, Tiago Djaló, Nehuén e Otávio, João Mário, Alan Varela, Eustaquio Francisco Moura, Fábio Vieira, Samu e Pepê, o FCP começou por ver a Roma a pressionar alto e tinha dificuldades em sair. Quando saiu e até com superioridade numérica, faltava definir bem, ser mais objectivo e agressivo no último terço. Já os italianos era pelo lado esquerdo que mais incomodavam. Tiago Djaló ia entregando o ouro ao bandido. É preciso que estas abordagens e displicências terminem. A equipa estava bem atrás, mas faltava capacidade atacante. Como quase sempre era preciso meter na profundidade e Samu muito sozinho, raramente segurava a bola, era difícil causa perigo. Junto com o facto de Pepê nunca mais aprender a soltar no tempo certo... 
Estava o jogo assim quando os romanos inventaram, perderam a bola na saída da área, portistas recuperaram-na, não entrou à primeira, à segunda, entrou à terceira. Golaço num grande pontapé de costas de Samu. Dragões na frente. Com a Roma a sentir o golo, FCP não podia facilitar, não podia reagir às provocações. Entretanto, depois de Otávio, Nehuén também amarelado. 
Estava o jogo assim, parecia minimamente controlado, quando Dybala o melhor jogador dos romanos, perante a passividade do centro da defesa do FCP, fez tudo sozinho e empatou. Passados poucos minutos, novamente com a defesa do FCP a dormir, Otávio particularmente, o mesmo jogador colocou os italianos em vantagem. Surreal a forma como o FCP sofre golos. Não se admite em alta competição. E o 3° só não aconteceu por acaso. Nas transições continuava a fazer asneiras. Aos 44 minutos Samu podia ter empatado se fosse mais decidido a finalizar. 

O intervalo chegou com a Roma em vantagem por 2-1. Não porque tenha sido muito superior, mas muito porque tem em Dybala um jogador que faz a diferença. O FCP para além de não ter nenhum com esta capacidade, tem uma defesa que só não dá confiança como compromete. E assim fica difícil.

Em desvantagem na eliminatória o FCP tinha de ir à procura do golo e evitar que a equipa da capital de Itália marcasse. 
Anselmi não mexeu no recomeço e viu a sua equipa a sofrer uma grande contrariedade. Aos 51 minutos, Eustaquio, após intervenção do VAR, viu vermelho directo. Se estava difícil, ficou muito pior. mais um tiro no pé.
A Roma passou a jogar à vontade, esteve perto do 3° - a bola entrou, mas Shomurodov estava em fora-de-jogo. O treinador do FCP tirou Pepê - mais uma exibição de meter dó -, entrou Gonçalo Borges aos 56 minutos.
O FCP procurou reagir, Mora substituiu Otávio aos 65. E aos 68 Samu isolado e com o defesa nas costas, foi incomodado, só conseguir rematar ao poste - se não tem rematado e caído o que teria acontecido? Era um Dragão brioso, fazia das tripas coração, mesmo com menos um lutava contra o destino. Mas era importante fazer bem e não disparates como é exemplo um cruzamento disparatado de Fábio Vieira. A Roma baixou o bloco, ía jogar no contra-ataque e no erro.
Sem nada a perder, Anselmo esgotou as substituições, em cima do minuto 80, entraram William Gomes, Namaso e Tomás Pérez, saíram Francisco Moura, Fábio Vieira e Alan Varela. 
Passados poucos minutos a Roma marcou o 3°. Uma perda de bola no meio-campo, bola na linha, passe como deve ser, para trás, golo de Pisili. Na reacção, Mora, já dentro da área, foi  egoísta, quis rematar com o defesa em cima, quando se toca tinha um colega em posição privilegiada para finalizar. Alguém que diga a Mora que não tem de ser herói à força.
Com William Gomes a mostrar serviço, já no final do tempo de descontos o FCP reduziu, auto-golo de Rensch, mas veio muito tarde, já não adiantou nada.

E difícil, para não dizer impossível, a uma equipa que dá constantes tiros nos pés, conseguir ter sucesso.
Na 1ª parte e após chegar à vantagem no jogo e na eliminatória, o FCP fez harakiri. Primeiro, consentindo dois golos - apesar do enorme talento de Dybala. Voltou a fazer depois na 2ª quando precisava de todos, Eustaquio foi expulso. E com menos um praticamente ficou com o destino traçado.

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