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domingo, 4 de dezembro de 2011


O pavilhão é pequeno, cheio, leva pouco mais de 2 mil pessoas, é fechado, tem boa acústica e isso ajuda, principalmente nos jogos importantes, a criar um ambiente fervoroso, entusiástico, difícil, muito difícil para os adversários. No Dragãozinho já houve maus jogos, fracas exibições individuais e colectivas, derrotas, mas não há assobios, insultos, contestação. No Dragão Caixa só há cânticos, gritos, apoio constante, nos bons e nos maus momentos. Assobios só para os adversários e para os árbitros. O clima que se respira é fantástico, há uma grande cumplicidade entre técnicos, jogadores, adeptos. No final dos jogos todos se cumprimentam e saúdam, com os que treinam e jogam a nunca se esquecem de agradecer os contributos de quem está fora para o sucesso alcançado. Tenho um amigo que diz que o Dragãozinho é o laboratório do portismo. Concordo e aconselho todos os portistas, mesmo aqueles que só gostam de futebol, a passarem por lá e a respirarem aquele ambiente contagiante de grande fervor clubístico.

No Dragão é diferente. O ambiente é muito mais morno, há muito menos paciência, os apitadores estão sempre prontos para assinalarem a sua presença. Se não fossem as claques, na maioria dos jogos parecia que estavamos num cinema, onde nem faltam as pipocas. Também há, salvo uma ou outra excepção, muito menos empatias e cumplicidades entre profissionais e adeptos. Mesmo em jogos importantes e importantes vitórias, não existe a mesma comunhão e não raras vezes assistimos à debandada dos jogadores mal o árbitro apita para o fim do jogo. Criar no Dragão, o mesmo ambiente do Dragãozinho, é tarefa muito complicada, mas se todos reflectirem e fizerem um bocadinho por isso, quem sabe, um dia, o Dragão não será tão temido como o Dragãozinho?
Já ouvi jogadores adversários dizerem que foi o público e o ambiente do pavilhão que ajudou às suas derrotas. Nunca ouvi o mesmo em relação ao Dragão.

Bruno Alves em entrevista ao Jogo disse que espera que os portistas não se esqueçam do que fez pela equipa e espera ser bem recebido. Apesar de nos últimos tempos de Dragão ao peito, Bruno, também por influência do pai, não ter tido o comportamento que se exigia a quem cresceu no F.C.Porto e andar sempre a falar na saída, não há razões substanciais para que o poveiro seja mal recebido. Hostilidade, toda, durante o jogo. Antes e no fim, o respeito merecido a quem foi um excelente e dedicado profissional ao serviço do actual Campeão português.

Mas se em relação a Bruno essa é a minha opinião e o meu desejo, outra coisa é a forma como devemos receber Danny. Esse rafeiro vira-latas, no jogo de S.Petersburgo teve uma atitude rasteira, provocatória e desrespeitosa para com o F.C.Porto. Portanto, como temos memória, não esquecemos, nem perdoamos, o cãozinho tem de ser recebido como merece: máxima hostilidade possível. Toca na bola, côro de assobios em cima. Vamos ensinar-lhe que o respeito é bonito e nós, mais que gostarmos, exigimos.


A vontade e o desejo de ver um empate era tanta que até colocaram um 2-2 quando o resultado era 2-1.

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