quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Bem, falar da primeira-parte, não é fácil...
Dominamos, tivemos o controlo total do jogo, beneficiamos de 8 ou 9 cantos a favor, mas só por uma vez o guarda-redes do Estoril se teve de aplicar, num lance de João Moutinho e de bola parada. Não houve dinâmica, criatividade, velocidade e principalmente, contundência no último terço do campo. Com Kléber completamente fora de jogo, com James abaixo do normal, só Varela foi mostrando alguma coisa, não muita, mas o suficiente para ser o melhor dos avançados. Se a isso juntarmos um meio-campo pouco esclarecido e durante muito tempo, demasiado atrás, está explicado o nulo, frente a uma equipa que, talvez porque poupou vários jogadores habitualmente titulares, não mostrou nada, apenas se preocupou em defender e para manter a sua baliza a zero, nem foi preciso grande trabalho.
Na segunda-parte, melhor, mas não muito...
Sem ser nada de especial, houve mais pressão, mais intensidade, maior dinâmica, mais ritmo, o mesmo domínio, melhorias, durante 30 minutos, sensivelmente, é verdade, mas a mesma incapacidade de criar e marcar. Convenhamos que embora não seja a única razão, é difícil jogar e ser perigoso no ataque, quando o jogador que joga pelo meio e na frente, Kléber, não acerta uma. Tanto jogo Alvaro criou, para quase nada. Se Kléber não mostrou nada, já Varela, que andava mal, pelo contrário, jogou bem os 90 minutos, marcou e a jogar assim, pode ser uma opção válida... até porque Rodríguez que ficou no banco e foi titular no último jogo, pouco tempo depois de entrar, lesionou-se e acabou o jogo a coxear.
Resumindo, foi uma vitória justa, mas uma exibição pobre. A Taça da Liga não motiva por aí além, há tendência a abrandar, poupar esforços, o espírito não é o mesmo do campeonato e isso pode explicar a qualidade da exibição portista. Será? Domingo teremos a resposta se foi apenas isso...
Notas finais:
Se Kléber não aproveita estes jogos para mostrar serviço, ganhar moral e deixar certezas que pode ser opção, não sei quando o poderá fazer. Aliás e a propósito do avançado - prefiro assim e não ponta-de-lança -, seria incompreensível que depois da saída de Walter e com Kléber a render tão pouco, persistíssemos no mesmo erro e tal como em Agosto, não contratássemos um avançado.
Ainda não foi hoje que vimos Danilo. Não sei se as razões da sua ausência se devem a qualquer problema burocrático ou a opção técnica. Aguardemos...
Muito bem as claques...