Populares Mês

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


De Hulk e da sua importância na equipa do F.C.Porto nos últimos anos, já foi tudo dito e não vale a pena repetir. Portanto, temos de olhar para a frente e colocar a questão: que F.C.Porto sem o Incrível, nas competições internas e na Champions League?

A primeira coisa que me vem à cabeça, é um Porto em 4x3x3, com Helton, Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro, Fernando, Moutinho e Lucho, James, Jackson e Atsu ou o mais experiente e apaparicado Silvestre Varela - um bom estímulo e uma prova de confiança, a recente renovação do contrato. Isto é, sai Hulk, entra outro e mantêm-se tudo na mesma. Se na maioria dos jogos a nível interno, esta solução parece-me a melhor, estou a pensar em equipas fechadas, curtas, só a pensarem em defender e contra-atacar, já na Champions e em alguns, poucos, jogos da Liga caseira, não sei se esta seria a minha opção. Talvez, 4x2x3x1, talvez 4x4x2 losango. No primeiro caso, o mesmo quarteto defensivo do esquema anterior, duplo pivot com Fernando e Moutinho, mais à frente Atsu ou Varela na esquerda, Lucho pelo meio, James na direita, com o ponta-de-lança a ser Jackson Martínez - aqui Fernando não parece nas sete quintas, mas há outras possibilidades, mais Danilo, menos Lucho, que já não tem grande andamento para um duplo pivot, muito mais exigente do ponto de vista físico. No segundo, atrás tudo igual, Fernando no vértice inferior do losango, Lucho no superior, Defour e Moutinho nas laterais, James e Jackson na frente. Há outra possibilidade no 4x4x2 losango, com James no lugar de Lucho e El comandante no de Defour, com Kléber ao lado de Jackson. Aqui teria de ser outro Kléber...

Depois, os nomes podem mudar, Alex Sandro e Danilo podem jogar no meio-campo, Miguel Lopes na lateral-direita e Mangala, num esquema mais conservador, na lateral-esquerda, por exemplo. Isto são apenas bitaites, por trás do computador é fácil, mais difícil é na prática, onde não bata bater nas teclas, é preciso muito trabalho, muito treino, muita sistematização.

Com a saída de Hulk, Lucho vai ser o primeiro capitão. Sem menosprezo pelo papel do Incrível nessa tarefa, Lucho tem melhor perfil. É um líder discreto, respeitado, não precisa de andar à volta e a reclamar dos árbitros, com  a exuberância que Hulk fazia e que às vezes lhe custava caro.
Independentemente de tudo que disse, espero que a cultura de sucesso e exigência, junto com o hábito de ganhar, continue  afazer a diferença, mesmo sem o Incrível Hulk.
Pronto, senhores e senhoras treinadores de bancada, quem quiser, faça favor, o presidente da junta agradece. 

Equipa B:
Continuo a pensar que as premissas que me levaram a encarar com entusiasmo a criação da equipa B, a manifestar desilusão quando o projecto ficou em causa e alegria, quando e definitivamente, a equipa B se tornou realidade, não se alteraram, apesar dos resultados maus que o conjunto orientado por Rui Gomes tem conseguido. Este equipa é jovem, ingénua, ainda não percebeu a diferença entre o campeonato de Juniores e uma Liga de Honra competitiva e recheada de jogadores com qualidade, experientes, matreiros, habituados a outros andamentos. Perante estes resultados e uma classificação abaixo das expectativas, convém ter calma, não entrar em pânico, não desvirtuar o projecto. Se por um lado já defendi que um ou outro jovem, da equipa principal, quando não são convocados, podiam jogar pela B, também percebo que a filosofia não seja essa, seja deixar os jovens bês, evoluírem, crescerem e desabrocharem naturalmente, não verem coarctado o seu espaço. Como Porto, lutamos sempre pelos primeiros lugares e na cultura de exigência do melhor clube português, é muito importante beber essa mensagem desde cedo, mas mais importante que ficar nos primeiros lugares, é formar e criar condições para um ou outro destes "meninos", a curto prazo, possa jogar na equipa principal.

Mário Saldanha, presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, chamou pobreza franciscana ao facto de nenhuma equipa lusa se ter inscrito nas provas europeias da modalidade. Mais, estranha que na sua modalidade ninguém participe, ao contrário do que acontece no Futsal, Andebol, Hóquei e Voleibol. Se a isto juntarmos os seis jogos, seis derrotas, da selecção na fase de apuramento para o Europeu, esta declaração do máximo responsável pelo Basquetebol, só prova que a modalidade ou muda de timoneiro e arrepia caminho, ou então o futuro será negro.
A propósito de Mário Saldanha, uma entrevista muito interessante de Moncho Lopes no Jogo - ver aqui
Um obrigado especial à Ana Ferreira

Nota final:
Tenho chamado prostitutos aos tipos do panfleto da queimada, mas eles são muito piores que isso... Por agora fiquemos por aqui, mas com documentação guardada para memória futura.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset