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quarta-feira, 3 de abril de 2013


Não vou mudar a minha opinião a respeito da Taça da Liga, conhecida por Taça SLB - Senhor Lucílio Baptista. Vamos jogar para ganhar, isso é óbvio, mas de repente, só porque as coisas no campeonato estão difíceis, esta prova passa a ser prioridade, serve para limpar a face? Não, não e não! A Taça da Liga, da forma e nos moldes que é organizada, não é prova que me dê particular gozo ganhar.
Espero vier Liedson jogar mais que uns poucos minutos...

Nuno Espírito Santo: «No Dragão vamos regressar ao esquema de quatro defesas»
Ter uma equipa com processos assimilados, bem definidos, consolidados num campeonato quase completo e de repente alterar e jogar com três centrais, como se viu, facilita a vida ao adversário, é o descalabro.  
- Nuno, acho muito bem, laboratório de experiências só o da Luz...

O árbitro é Hugo Miguel, auxiliado Nuno Pereira e Hernâni Fernandes

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Kadú e Fabiano;
Defesas, Danilo, Otamendi, Maicon, Abdoulaye, Mangala e Alex Sandro;
Médios, Castro, Fernando, Moutinho, Defour, Izmailov e Lucho;
Avançados, James, Jackson, Sebá, Liedson e Kelvin.

Equipa provável: Fabiano, Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro, Castro, Moutinho e Defour, James, Liedson e Izmaylov.


Crónica do jogo.
A primeira-parte, esqueçam, tão má ela foi. Faltou tudo, não demos uma para a caixa, não criamos um lance de golo eminente, apenas obrigamos o guarda-redes do Rio Ave a uma defesa digna desse nome. Mas mesmo a jogar tão mal, houve quem tivesse abusado... James, por exemplo, está uma nulidade e pior, não percebe que está uma nulidade e em vez de jogar simples, amarra-se à bola, complica, prejudica a equipa.
Ainda bem que não sou treinador, se fosse, o colombiano hoje só tinha jogado 20 minutos...

Nos segundos 45 minutos, a qualidade do jogo do F.C.Porto melhorou, não muito, diga-se, mas com a expulsão de Oblak e o penalty bem convertido por James - correctíssima a decisão do árbitro. O guarda-redes derrubou Jackson evitando um golo eminente - tudo ficou mais fácil e o conjunto de Vítor Pereira partiu para uma meia-hora final já mais próxima do que pode e deve fazer e acabou a golear.
Esta vitória gorda do F.C.Porto - até deu para 45 minutos sem jogar, apenas passear as camisolas -, mostrou que, afinal, para conseguir um resultado amplo frente à equipa de Nuno Espírito Santo, até nem é preciso grandes exibições, nota artística e afins. A prova foi este Porto de hoje, um Porto que mostrou claramente, estar muito longe do que já fez esta época. É um Porto triste, cansado física e animicamente, desligado, sem crença e sem alma, com uma qualidade de jogo que chega a incomodar o mais pacato dos adeptos - onde pára o famoso ADN desta equipa? E quando as coisas estão assim e de fora se assiste impávido e sereno a esta pasmaceira, não se reage, não se faz nada para mudar, então tudo fica muito difícil e a sensação que são apenas os adeptos a acreditar que ainda é possível. Espero que o que vi esta tarde se deva apenas a ser um jogo para esta Taça da Liga que não interessa particularmente; tenha sido essa a razão que esteve na origem desta desinspirada exibição; e já na segunda-feira vejamos outro Porto. Quero ter confiança e a certeza que o que vi hoje, teve apenas a ver com o espírito com que o F.C.Porto encara esta Taça SLB - Senhor Lucílio Baptista.

Notas finais:
Izmaylov tem de aprender a controlar-se. Não pode ser expulso em nenhum momento, mas naquela altura, então...
Estamos na final e vamos tentar ganhá-la, obviamente, nunca jogamos para perder, mas não mudo o discurso: vencer a Taça SLB - Senhor Lucílio Baptista -, não me aquece nem arrefece.
Se o futebol fosse apenas raça, carácter, espírito de luta e sacrifício, Castro era o melhor do mundo...

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