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sábado, 10 de agosto de 2013


Com o Estádio Municipal de Aveiro completamente cheio e com os portistas em grande maioria, numa grande manifestação de apoio e confiança na sua equipa, agora orientada por Paulo Fonseca, disputou-se  a Supertaça Cândido de Oliveira. Numa prova que tem sido claramente dominada pelo F.C.Porto, a  expectativa era grande entre os apoiantes portistas. Iria o F.C.Porto fazer jus ao favoritismo, entrar com o pé direito, dar sequência às vitórias que vinham de trás e conquistar a quinta Supertaça consecutiva? Mesmo tendo enfrentado e saído bem, frente a equipas bem mais fortes que o Vitória, como se apresentaria o conjunto de Paulo Fonseca frente a uma equipa de tracção à rectaguarda, sabendo-se que no jogo de apresentação contra os espanhóis do Celta, muito fechados, teve grandes dificuldades? E qual o primeiro onze oficial, sabendo-se que se na defesa não havia dúvidas, quem no trio do meio-campo a acompanhar Fernando e Lucho e no ataque ao lado de Jackson e Varela? 

Começando pelo fim, os prognósticos bateram certos na defesa, Defour acompanhou Lucho e Fernando, Lícá foi a aposta para o ataque. E assim, o F.C.Porto fez alinhar Helton, Fucile, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho; Varela, Jackson e Licá. 

Quanto à segunda dúvida, como se apresentaria o Tri-campeão frente e uma equipa muito atrás e com pouca vontade de arriscar? Sinceramente, com o primeiro golo a entrar aos 5 minutos e o segundo aos 17, por Licá e Jackson, respectivamente, tudo ficou fácil para o F.C.Porto. A partir daí, com uma vantagem confortável e sem que o Vitória incomodasse muito, a equipa portista dominou a seu belo prazer e sem forçar, limitando-se a trocar a bola e em alguns períodos a enrolar, ainda acabaria por dilatar a vantagem, por Lucho, já em cima do minuto 45 e ir para o intervalo com o jogo praticamente resolvido.

Na segunda-parte e com um resultado tão dilatado, a questão era saber como iria reagir o Vitória e se o F.C.Porto iria forçar, imprimir um ritmo alto, procurar marcar mais golos, partir para a goleada. Foi, é verdade, um Porto dominador, que controlou totalmente o jogo, nunca correu riscos, mas que também não forçou, não foi contundente na procura de marcar mais golos. Faltou à equipa de Paulo Fonseca o killer instinct necessário para marcar mais dois ou três golos e colocar o marcador em números mais consentâneos com o que foi o jogo. Não marcou, também convém acrescentar, porque em alguns momentos se tentou a nota artística. E respondendo à primeiro dúvida, iria o F.C.Porto fazer jus ao favoritismo? Foi. Um Porto que sem ser brilhante, não precisou de ser, fez um jogo sério, competente, venceu sem discussão e como disse, merecia mais golos.

Começamos bem a época, é uma tradição que se vai consolidando, conquistamos a 20ª Supertaça, quinta consecutiva, de um Dragão comilão, que não quer largar o osso e o primeiro triunfo de Paulo Fonseca. Com o primeiro objectivo da época conseguido, estamos prontos para iniciar o campeonato e esta vitória dá confiança. Com calma, sabendo que ainda há muito trabalho a fazer, serenidade e sem arrogância, estamos aí e prontos para tudo.

Houve quem tivesse brilhado e Licá foi uma bela surpresa, mas quando o colectivo funciona, não vale a pena destacar ninguém. Lamento que com o resultado em 3-0 e o jogo ganho, Paulo Fonseca não tivesse mexido mais cedo... Se Josué entrou aos 62 minutos para o lugar de Varela e aqui nada a dizer, já as entradas de Quintero para o lugar de Defour aos 75 e Kelvin para o de Licá aos 85, pareceram-me tardias.

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