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domingo, 11 de agosto de 2013


Licá:
Um dos grandes encantos do futebol é que se podem tecer várias conjecturas, algumas com toda a lógica, mas depois elas são completamente arrasadas pela realidade e surgem surpresas inesperadas. Licá, por exemplo, ninguém dava muito por ele: primeiro, não devia ter sido convocado e no seu lugar devia ter estado Iturbe; depois, no onze, Kelvin mereceria a preferência da maioria e se a opção não era por o herói da época passada, também não era pelo ex-estorilista, era por Quintero. Pois, só que entrou Licá e foi uma bela surpresa. O extremo portista fez uma exibição muito positiva, marcou um golo, teve outros bons pormenores, deu sempre profundidade e mais do que isso, deu um equilíbrio defesa/ataque muito importante para que o lateral do seu lado nunca se inibisse de subir. Licá pode não ser um artista, um génio, um tecnicista de eleição, mas é um jogador consistente, competitivo, daqueles que nenhum plantel pode dispensar. Se juntarmos a isso o facto de ser portista e ter prazer em estar no F.C.Porto, temos aqui um activo a preservar e a acarinhar.

Lucho:
É outro exemplo paradigmático. Após o torneio londrino, parecia ter deixado de ser consensual. Ontem fez uma exibição de encher o olho, mostrou que mais à frente ou mais atrás, ainda é muito importante, tem lugar de caras na equipa... sem ser insubstituível.

Paulo Fonseca:
Se ontem critiquei o treinador portista pelas substituições que considerei, nos casos de Quintero e Kelvin, tardias, hoje tenho de o elogiar. E o elogio é pela forma, definidora de carácter - eu valorizo muito isso -, como Paulo Fonseca envolveu todos os que contribuíram para a conquista desta Supertaça e que já não estão no F.C.Porto, desde Vítor Pereira e seus adjuntos, até aos jogadores que já não fazem parte do plantel dos Dragões.
Muito bem!

Ainda o duplo-pivot:
Como tinha referido e explicado no post de antevisão, a questão do duplo-pivot ser um sistema defensivo, é uma falsa questão. Aliás, se alguma coisa me preocupa no Porto de Paulo Fonseca, não é o processo ofensivo, já muito bem para o pouco tempo de trabalho, mas sim o processo defensivo, a forma como a equipa se organiza defensivamente. Ás vezes há demasiado espaço entre linhas, defesa com pouco apoio dos médios e isso em alguns jogos pode ser complicado. Portanto, das duas uma, ou quem continua a bater na tecla que o duplo-pivot torna o F.C.Porto mais defensivo, não percebe nada de bola, ou pior, quer criar caso.

Bernard já passou à história, mas tinha de partilhar esta:
Já estou a imaginar o sargentão a dizer ao jovem brasileiro: «Vai, vai para a Ucrânia... O Porto fica muito longe!»

Nota final:
Sem embandeirar em arco, ainda estamos a começar, acho que podemos estar optimistas e confiantes... Embora com o mercado ainda longe do fim, todos os cuidados são poucos.

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