Populares Mês

domingo, 3 de novembro de 2013


José Mourinho após a derrota da sua equipa frente ao Newcastle:
«Não gostei da minha equipa hoje e merecemos perder, é tão simples como isto. Acho que eles estiveram sempre mais em jogo do que nós, estiveram mais empenhados, lutaram mais e penso que não fizemos o suficiente para ganhar.
Não fomos suficientemente astutos, não fomos intensos. Não fomos rápidos com a bola, não fomos tão agressivos como era necessário...»

Paulo Fonseca após o empate do F.C.Porto:
«Fomos ineficazes no último terço e também houve mérito do Belenenses na forma como se defendeu. De realçar a entrega e a forma com os jogadores do Porto se entregaram e como pensaram o jogo num campo difícil para circular a bola.
Tivemos bons momentos de futebol, mas não conseguimos ser incisivos. O Belenenses acabou por conseguir marcar num lance que era evitável. O contexto era difícil, nem sempre foi fácil circular a bola à largura do campo. O relvado não é desculpa, mas dificultou.»

OK, um perdeu outro empatou. OK, um é dos melhores do mundo o outro treina pela primeira vez um grande clube. OK, o relvado não estava em bom estado. Mas que diabo, nós vimos o jogo e descontando o que tem de ser descontado, qual é o problema do treinador do F.C.Porto vir dizer a verdade, vir dizer que jogamos mal, faltou-nos atitude, intensidade e qualidade? Será que Paulo Fonseca tem medo de ferir susceptibilidades? Seja o que for, ou Paulo Fonseca percebe definitivamente o que é o F.C.Porto, deita para trás das costas os medos e receios que o tolhem, começa ter um discurso, antes e depois, diferente, a agir com coragem... ou então não vamos sair disto e as coisas tendem a complicar-se.

Se nesta questão estamos conversados, há outras que importa referir.
Aceito que temos vindo a perder qualidade, perdemos craques como Falcao, Hulk, Moutinho e até Guarín que dava um jeitaço a este meio-campo, mas sejamos claros, isso não se deve colocar em jogos frente a estas equipas, cujo valor é bem inferior ao nosso. Não estamos a exigir mais do que o devido, não era um papão, era apenas o Belenenses, vindo da segunda divisão, senhores.

Também aceito e sou sensível que um treinador precisa de tempo, mas Paulo Fonseca não está a fazer uma revolução, como por exemplo, fez Co Adriaanse. Não, o treinador do F.C.Porto mantém o 4x3x3, apenas o trio do meio-campo que era 1x2, passou a 2x1. Portanto, já era tempo de ver uma equipa mais sólida, mais coesa, mais personalizada, mais equipa e isso só tem acontecido a espaços. Este Porto tem dificuldades em se impor, mesmo frente a equipas claramente inferiores. Entra em ritmo baixo, continua em ritmo baixo e até quando em desespero dá tudo na procura da vitória, não é contundente, raramente deixa o adversário encostado às cordas. Este Porto que ganha um jogo importante frente ao Sporting - as razões são mais que conhecidas... -, não capitaliza essa vitória para ganhar moral, confiança, ser mais forte a seguir. Não, no jogo seguinte, volta a dar um passo atrás, anda em avanços e recuos há muito tempo.

Claro que não devemos fazer comparações entre o treinador que saiu e o treinador que entrou. Essa análise faz-se mais lá para a frente e depende de vários factores que entrarão nas contas para o juízo definitivo. Mas já podemos constatar o seguinte:
Um, era adjunto, passou a principal a oito dias de iniciar a época, substituiu um treinador que ganhou tudo, após uma época de sonho, com a parte final a ser arrasadora - para mim foi a temporada de mais e maiores emoções e alegrias - e por isso, herdou uma herança terrível, a fasquia estava altíssima. O futebol com Vítor Pereira não era famoso, raramente entusiasmava, as críticas foram muitas, Vítor Pereira foi muito contestado, um mal amado, deixou as expectativas baixas. Paulo Fonseca chegou e mesmo herdando um Porto Campeão, não precisava de construir um Grande Porto, muito menos um Super Porto para que rapidamente fizesse esquecer o seu antecessor. Passados quatro meses e é uma realidade, mesmo com a fasquia baixa, Paulo Fonseca não fez esquecer Vítor Pereira.

Notas finais:
Já a seguir vamos a São Petersburgo defrontar o Zenit. É um jogo decisivo, o empate deixa-nos quase fora dos oitavos-de-final, portanto temos de ganhar. É um bom jogo para dar a volta ao texto, mas para isso o medo tem de dar lugar à coragem, a mística, a alma e o espírito guerreiro do Dragão tem de estar de volta. Quero ver e ouvir convicção, determinação e a chama bem levantada. Chega de cinzentismo!
Depois até podemos perder, mas que ninguém fique com dúvidas de que fizemos tudo para ganhar. É um jogo que pode significar um claro passo à frente.

Não comento a substituição de um médio, Lucho, por outro médio, Carlos Eduardo, aos 87 minutos, quando estavamos empatados e na fase do tudo por tudo. Por uma única razão: não consigo perceber porquê. Mass até perceberia se fosse o Maicon a entrar e ir lá para a frente... 

Este é um post crítico, mas de boa-fé, objectivo, construtivo e pela positiva. Quem quiser dar contributos... faça favor.

Já disse no passado e repito agora, no meu F.C.Porto não é o treinador que perde e o Presidente que ganha. Quem ganha ou perde em primeiro lugar, é Jorge Nuno Pinto da Costa.

Essa do princípio do fim, da decadência e outros mimos, só me faz rir. Tem piada, mas depois de Fernando Santos e Octávio dizia-se o mesmo, como se disse o mesmo após o último ano de Jesualdo...

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset