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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


Mesmo correndo o risco de me repetir, é difícil sair dos problemas que deixaram o F.C.Porto numa posição desconfortável no campeonato, depois uma liderança com 5 pontos de avanço sobre os clubes que agora estão na frente da Liga Zon Sagres.
Meus amigos, não há organizações perfeitas, estruturas que nunca erram, homens que nunca se enganam ou raramente têm dúvidas. No F.C.Porto não é diferente, se somos os melhores e os resultados estão aí para o demonstrar - esmagadores a nível interno, os únicos que temos ganho internacionalmente de há mais de 50 anos a esta parte e como este artigo prova à saciedade, não estando em boa situação, estamos muito melhores do que os outros. Portanto e para mim, será sempre assim, mais que andar a arranjar bodes expiatórios, a colocar tudo em causa, é importante dar contributos para que as coisas melhorem... mesmo que isto seja apenas um blog e por isso... vale o que vale. Há dias falei na alma e na mística que se está a perder, que estamos sem aquela crença que nos distinguia e que muitas vezes nos levava a conseguir vitórias que pareciam impossíveis. Sobre isso há quem defenda, legitimamente, que muita dessa alma, mística e crença que falta, tem a ver com o facto de cada vez existirem menos jogadores da nossa formação no plantel, alguém que sente de outra maneira a camisola, tem outra sensibilidade para perceber o que é o F.C.Porto e o que representa o clube da Invicta, num país como Portugal - ver mais à frente. Concordo, mesmo que isso nos dias de hoje seja quase utopia e que haja muitos, tal como já referi na minha página do facebook, com o exemplo de Aloísio, que não sendo portistas desde pequeninos, nem tenham feito parte da nossa formação, são profissionais exemplares, honram e honraram a camisola do F.C.Porto, transformam-se em referências. Concordo, repito, mas há outros factores que ajudam a que já não tenhamos a tal mística, a raça e o espírito do Dragão que era a nossa imagem de marca. Para mim, falta discurso, falta liderança. Se temos um treinador com as características de José Maria Pedroto, José Mourinho ou até António Oliveira, gente que quando estava no F.C.Porto tinha um discurso forte, arrojado, sem medo de falar alto e grosso, para fora e para dentro, nem precisavamos de mais ninguém,  quando temos treinadores que não têm essas capacidades ou jogadores, salvo raras excepções, sem essa cultura, aí tem de haver alguém a chegar-se à frente, a fazer esse trabalho. O F.C.Porto precisa de ter voz e uma voz forte que apareça na hora certa e no momento oportuno, a dizer o que precisa de ser dito... para fora e para dentro. Chega de tanto silêncio.

Nota final:
Mas o mau momento do futebol portista tem dado para tudo, desde abertura de telejornais, até às capas dos pasquins,  todos convergindo na alegria que a capital do império falido sente por os dois clubes de Lisboa estarem no primeiro lugar e o F.C.Porto em terceiro. A festa, por acontecimento tão raro - 8 vezes em 444 jornadas deste Século, diz o panfleto da queimada -, justifica-se e até o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado, incapaz de gastar um único caractere a elogiar o F.C.Porto, mesmo quando os Dragões têm os mais retumbantes sucessos desportivos, arranjou tempo e espaço para dedicar uma página ao Melhor Clube Português. É um artigo rasteiro e portanto não vale a pena perder muito tempo... apenas o tempo para dizer ao prostituto da queimada, com duas fotos significativas, que adeptos a contestarem a equipa e terem comportamentos incorrectos e lamentáveis, não é exclusivo do F.C.Porto.
O jornalismo sério diz isso, o jornalismo vendido, tenta passar a ideia que certos acontecimentos só se passam no Dragão. O pior é que F.C.Porto tem um canal de televisão, mas, lamentavelmente, o Porto Canal nesta, como em muitas outras situações similares, nunca tem uma palavra para defender a honra do convento portista. Mesmo quando a televisão pública, pasme-se, coloca em destaque a falar da crise do F.C.Porto, Jorge Gabriel e João Gobern, de facto as pessoas indicadas para falarem da crise portista.

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