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terça-feira, 14 de janeiro de 2014


Para que serve um blog, no caso um blog pró-F.C.Porto, concretamente o Dragão até à morte? Como disse na carta de intenções, serve como um espaço de tertúlia, de partilha de opiniões, de portismo, tendo por objectivo final um F.C.Porto cada vez melhor e maior - obviamente, dentro das limitadíssimas possibilidades que um espaço destes tem. É apenas uma gota num oceano de comunicação. Procura não ser um espaço de má-língua, crítica fácil, faltas de respeito à Instituição F.C.Porto e a quem a dirige. Também procura não ser um espaço onde o diz-se, ouve-se, comenta-se, tenha muitas possibilidades, aqui quem ajoelha tem de rezar. Como o autor nunca dirigiu sequer um clube de bairro, seria o cúmulo que se colocasse na posição do sabichão, do inteligente, andasse sempre a colocar tudo e todos em causa, gente que tem décadas de provas dadas. Como para mim o F.C.Porto é uma segunda família e alguns problemas das famílias só se tratam no aconchego do lar, nunca o Dragão até à morte marcará golos na própria baliza e quando o fizer, será sempre como acontece no futebol, como excepção e não como regra. Sempre dentro de certos limites que o respeito, a consideração e até a gratidão portista, obrigam. Avancemos.

É dentro deste espírito que quando falo de ou para Paulo Fonseca, dou recados ao treinador dos Dragões, se quiserem uutilizar essa expressão, faço-o para bem dele, sempre de boa-fé, sem segundas intenções, com respeito, objectividade e de forma construtiva. E venho fazendo desde o início da época, embora sem qualquer resultado. Sem me querer pôr em bicos dos pés, muito do aqui foi dito e não só por mim, note-se e sublinhe-se, já teve eco em vários lados, pena que nunca no técnico do tri-campeão.
Tenho falado de organização e dinâmica do meio-campo, no equílibrio defensivo, na falta de contundência e de gente no processo ofensivo. Quando depois do jogo frente ao Braga, daquela sombra que virou sol e da vitória em Vila do Conde, disse, acompanhado por muita gente, que já estava encontrada uma boa base, apenas seria preciso dar uns retoques, em concreto, na posição 8, digamos assim e numa das alas do ataque, logo Paulo Fonseca veio dizer que não era bem assim, os treinadores de bancada estavam a ver mal, só tinha mudado a dinâmica. Pois, o facto é que já passaram várias semanas e se olharmos para os jogos do F.C.Porto, onde estão os problemas da equipa do F.C.Porto, se esquecermos a alteração de Maicon por Otamendi, quando a dupla de centrais parecia encontrada e se mostrava fiável? Não serão na posição onde tem jogado Lucho - não só por culpa do capitão - e na ala onde o escolhido tem sido Licá? E passemos ao discurso. Quando o discurso é fraco e a equipa, até mais que jogar bem, ganha pode haver quem reclame, há sempre os que nunca estão bem com nada, querem sempre vitórias e Ópera, mas não há problemas. Mas se o discurso é fraco, distante da realidade, a equipa joga mal e perde, então o treinador fica no centro do furacão. Por isso Paulo Fonseca tem de perceber e de uma vez por todas, que para além da questão das vitórias e da qualidade exibicional, tem de afinar o discurso com a realidade. Se tem problemas que peça ajuda, mesmo os treinadores craques a comunicar, são ajudados.
Mas se tem havido coordenação, então já não percebo nada e explico: no flash interview, a quente, ainda se percebem alguns deslizes, agora depois, na sala de imprensa, um discurso a dizer que tem confiança cega que vai ser campeão, após um jogo daqueles? OK, fazendo um esforço, compreendo que a ideia era dar um sinal de esperança, confiança, crença, mas isto só teria cabimento se o resultado fosse uma grande injustiça. Assim, alguém ficou entusiasmado, motivado, mobilizado? Não. Até pode vir a acontecer, mas naquele momento, foi uma declaração avulsa, sem convicção. E depois, nem uma palavra sobre aquela vergonhosa arbitragem? Outro OK, aceito que depois de uma derrota e porque a equipa errou tanto como o árbitro, não se coloque todo o enfoque em Artur Soares Dias, mas que diabo, assumindo as nossas responsabilidades em primeiro lugar, tínhamos de falar daquela vergonha! Criticamos no Estoril e na Luz, nada? Caía mal, o espírito que esteve subjacente ao jogo - homenagem a Eusébio -, era violado? Tivemos medo de ficar mal na foto? Mas se sobre Paulo Fonseca estamos conversados, quem está acima dele, Presidente, SAD, DG, ninguém tem nada a dizer nesta altura, também sobre isso e sobre o resto? O Benfica e a sua máquina de propaganda utilizaram a morte de Eusébio em benefício próprio, para tirar vantagens no jogo frente ao F.C.Porto e nós fomos e continuamos na onda? Estamos fora da Champions e no campeonato, depois de liderarmos com 5 pontos de avanço, estamos com 3 de atraso. Isto é, nas duas provas mais importantes estamos assim e a única voz que se ouve é a do treinador e um ou outro discurso de circuntância de alguns jogadores, ninguém tem uma palavrinha para a "maralha"? Constato que neste momento portista as únicas vozes que se ouvem bem e com orgulho, são as dos adeptos e em particular das claques. Na Luz perdemos antes, durante e depois do jogo, só ganhamos e por muitos, nos adeptos. Antes eram os dirigentes que puxavam por nós, agora somos nós que puxamos pelos dirigentes.

Nota final:
Depois de ter dito que a eleição da Bola de Ouro era um processo viciado, como fica agora o presidente da FPF, Fernando Gomes? Apesar de ter havido gente que devia estar caladinha e só disse asneiras, Cristiano mereceu, foi o melhor em 2013.

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