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domingo, 12 de janeiro de 2014


Começando pelo fim, pelo árbitro:
Não foi por culpa de Soares Dias que perdemos e nem vou falar das faltas claras sobre Varela ou empurrão nítido a Quaresma, dentro da área; tão pouco vou dizer se era ou não penalty no lance de Danilo, agora simulação? Expulsar um jogador por um lance daqueles? Depois do lance da mão de Mangala que era penalty, imediatamente antes do segundo golo, marcado por Garay, Artur Soares Dias apitou sempre e claramente, contra o F.C.Porto.
Depois, duas perguntas para Paulo Fonseca: porque Otamendi, quando a dupla Maicon/Mangala estava a funcionar muito bem e em Alvalade tinha tido grandes responsabilidades no empate conseguido?
A equipa estava preparadíssima? Não, não estava. Não estava mentalmente, não estava estrategicamente, não estava individualmente, nunca foi capaz de criar grandes problemas ao Benfica. Paulo Fonseca foi à Luz, não para ganhar, mas para empatar e quem joga para o empate... sujeita-se a perder. E vamos ao jogo.

Primeira-parte amarrada, mal jogada, muita transpiração, pouca inspiração, sem grandes ocasiões de golo - apenas retive uma de Jackson ao minuto 45 -, mais posse do F.C.Porto, mas uma posse inconsequente, Benfica em vantagem graças a um erros da dupla Otamendi/Lucho - absolutamente de tirar qualquer um do sério a quantidade de passes errados de Otamendi -, Markovic recuperou a bola e depois, mesmo com duplo-pivot, o sérvio levou a bola sem oposição e na altura fez um passe para Rodrigo marcar, sem culpas para Helton. Por aquilo que as duas equipas fizeram, talvez o empate fosse mais justo, mas olhando para o F.C.Porto, nunca conseguimos trocar e circular bem, jogadas com princípio, meio e fim, nunca conseguimos ser um Porto à altura do que se pedia, nunca fomos uma equipa forte.

Na segunda-parte, a perder, esperava-se uma reacção do conjunto azul e branco e ela até parecia que ia acontecer. Disso foi exemplo o livre encostado à linha da grande-área do Benfica e que Carlos Eduardo atirou para as mãos de Oblak, aos 3 minutos - porque é que Danilo, não marca os livres dali, ele que no início da época marcou dois grandes golos de livre, em posição semelhante, apenas um pouco mais para trás? -, mas como o Benfica, num lance imediatamente a seguir, aumentou a vantagem, ficou com a vitória praticamente assegurada. Se com um golo de vantagem a equipa de Jesus baixou linhas, ficou na expectativa e passou a jogar em contra-ataque, com 2-0, então, ainda mais confortável se sentiu. E como o F.C.Porto nunca foi capaz de reagir, dominar e encostar o Benfica lá atrás, procurar as melhores soluções como equipa, ser colectivamente forte, esteve mais próximo o 3-0 que o 2-1. Depois, se com onze já era muito complicado, com a inacreditável expulsão de Danilo, pior ficou e chegámos ao final do jogo com a vitória justa do Benfica e por números certos.

Notas finais:
Estamos quase a meio de Janeiro e esta equipa do F.C.Porto é um conjunto de jogadores que parecem em auto-gestão, onde não há coesão, colectivismo, qualidade de passe, dinâmica, liderança, uma marca que a distinga, somos uma equipa previsível. Neste momento não somos fortes na defesa - era uma característica do F.C.Porto e de há muitos anos a esta parte; o meio-campo é uma trapalhada; não temos ataque. Ganhamos 6-0 ao Atlético e ficamos todos contentes, como se tivessemos conseguido um grande feito, não olhamos para os sinais, os defeitos estiveram lá todos... Lamentavelmente, desperdiçamos uma vantagem que chegou a ser de cinco pontos, estamos com três de atraso para o líder. Nada está perdido, mas assim fica complicado manter a chama. Vejo muito pouco Porto.

Não vou fazer análises individuais, corria o risco de dizer coisas que não quero.

Parabéns aos adeptos do F.C.Porto, esses sim, sempre à altura do grande clube que somos.

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