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quinta-feira, 3 de abril de 2014


Quem elimina o Nápoles... pode perfeitamente eliminar o Sevilha e hoje provou-se num Dragão muito bem composto, 31.122 espectadores, apesar de tudo - crise (15 euros frente ao Eintracht, 12 com o Nápoles, 15 contra o Benfica, mais 12 hoje), transmissão pela televisão em canal aberto (porquê não transmitir os jogos fora? Hoje transmitiam o Benfica, para a semana o F.C.Porto), a época que não tem sido famosa, pelo contrário, dos Dragões.

Perante uma equipa espanhola que apenas queria manter o nulo e ficou sempre na expectativa, o F.C.Porto entrou forte, com uma dinâmica muito razoável, foi dominador, competente na posse e na circulação, jogou um futebol bonito, a toda a largura e envolvendo as subidas dos laterais, mas ia faltando alguma acutilância no último terço do campo. Até que, aos 30 minutos e na marcação rápida de uma falta, a bola chegou a Quaresma que fez um cruzamento de trivela e Mangala cabeceou para o golo, colocando os Dragões em vantagem e justiça no resultado. Depois e até ao intervalo, o tri-campeão português continuou na mesma toada, mas foi mais contundente e valeu Beto com duas boas defesas e algum azar num remate de S.Defour ao poste, para que a equipa da capital da Andaluzia chegasse ao descanso a perder apenas pela diferença mínima
Resumindo, excelente primeira-parte do conjunto de Luís Castro, mas resultado injusto. Merecia pelo menos mais um golo a equipa azul e branca.

Na segunda-parte o F.C.Porto perdeu alguma força, não foi tão intenso, dinâmico, dominador, nem circulou tão bem, mas continuou sempre melhor, mandou mais uma bola ao poste, Beto fez mais algumas boas defesas, com excepção de um lance perigoso em que Fabiano salvou o empate, esteve sempre mais próximo o 2-0 que o 1-1.
Tudo somado, resultado justíssimo, mas lisonjeiro para o Sevilha, hoje manifestamente inferior a um belo F.C.Porto.

Notas negativas:
Em primeiro lugar, o capela alemão. Arbitragem sempre contra o F.C.Porto. Um amarelo esquisito a Jackson, um duplo amarelo a Fernando excessivo.
Depois, os cruzamentos. Com excepção do lance do golo, com Quaresma a cruzar bem, inacreditável a quantidade de cruzamentos errados. Fazíamos o mais difícil, ganhavamos a posição ideal, mas depois, mesmo com um relvado excelente, os cruzamentos ou iam para o gurda-redes ou defesas, ou eram curtos e rasteiros, quando deviam ser compridos e altos, ou o contrário. Não pode ser!
Alguns passes errados que impediram contra-ataques prometedores. Com passes precisos, tínhamos deixado jogadores em boa posição para ir para ao golo.
O futebol curto e mastigado de Quintero. Fazia e saía bem da primeira finta, mas tentava a segunda e às vezes a terceira, perdia a bola e lá ia mais uma jogada de ataque para o brejo.
O duplo amarelo no mesmo minuto, que manchou a exibição extraordinária de Fernando.
Varela esteve na fase baixa, não no 8, mas pouco mais.
Carlos Eduardo, pouca intensidade e mesmo assim só durou 45 minutos? Para além disso, tem de ter mais confiança, arriscar mais, ir para cima sem medo.

Notas positivas:
Fabiano, mostrou que é guarda-redes de equipa grande. Pouco que fazer, mas quando foi preciso salvar, salvou.
Muito bem a defesa, grandes exibições dos laterais, muito bem Reyes e Mangala, se excluirmos aquela brincadeira do francês junto à linha de fundo e que podia ter custado caro.
Em muito bom plano Defour, Jackson, enquanto Quaresma foi igual a si próprio, coisas do arco da velha, coisa para nos irritar.
Ghilas entrou bem e com ganas, ganas tem sempre Herrera, mas não esteve tão assertivo como o argelino.
Um Porto colectivamente mais competente e mais organizado, mesmo quase sem tempo para treinar.

Nota final:
Fomos melhores, somos melhores, temos duas baixas importantes para o jogo da segunda-mão - Jackson e Fernando. Apesar disso e acreditando que Ghilas pode fazer esquecer Cha Cha Cha, o Polvo que está numa forma notável, é mais difícil. Mas como temos uma vantagem importante, a melhor das vantagens mínimas e quem aguenta o ambiente de Nápoles, também não vai tremer em Sevilha, podemos passar e continuar a sonhar.

PS - Por favor, Mister, dê ordens para o Danilo marcar os livres sobre o lado esquerdo e a alguns metros da área. Hoje houve vários e Danilo nem um, quando quem marcou, marcou mal?

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