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domingo, 10 de agosto de 2014


Acabou o estágio, acabaram os jogos da pré-época, sexta-feira, frente ao Marítimo, já vale pontos, já é a sério. Saímos de Inglaterra com o prestígio reforçado, depois dos elogios que Roberto Martínez, treinador do Everton fez ao F.C.Porto, ontem, foi a vez de Alan Irvine, técnico do WBA, colocar os Dragões nos píncaros. Quando muitos já tinham feito o funeral do F.C.Porto, estes elogios fazem-nos bem ao ego, mostram que a marca F.C.Porto continua a ser uma referência de qualidade na pátria do futebol. Também nos fazem bem à auto-estima, mas não nos adormecem nem nos acrescentam responsabilidades, as perguntas a Julen Lopetegui sobre o favoritismo dos Dragões no campeonato que se inicia no feriado de 15 de Agosto. Já os topamos de gingeira, já sabemos que a ética não faz parte das suas virtudes, que as análises branqueiam ou extrapolam, conforme dá jeito. O esforço que os vendilhões do templo fizeram para esconder que o Sporting tinha perdido frente a um clube da segunda-divisão espanhola, só encontra paralelismo na extrapolação negativa como foi analisada a apresentação do F.C.Porto frente ao Saint-Étienne. Ainda bem que temos um treinador que não se encolhe, é rápido a reagir, tem um discurso claro, ideias bem definidas. Adiante.
Dizia eu que acabou a pré-época, com a vitória de ontem no terreno do WBA, terminamos bem os jogos particulares, se ainda não estamos no ponto, seria impossível que já estivessemos, já estamos preparados e em condições de dar respostas à altura das nossas responsabilidades. Responsabilidades inerentes a um clube ganhador, de sucesso, com elevado grau de exigência e que trabalha para ser fiel ao lema: queremos continuar a perder de vez em quando e não passar a ganhar de vez em quando.
Assim, se olharmos para o plantel do F.C.Porto, neste momento, mais que a falta de um quarto central ou de um trinco - nunca será um sósia de Fernando.. -, há uma preocupação que atravessa todo o universo portista, ou quase: falta um avançado que seja verdadeira alternativa a Jackson Martínez. Ontem, quando o internacional colombiano ficou agarrado à perna e com as mãos na cabeça, eu senti um friozinho no estômago e acredito que muitos portistas sentiram o mesmo. Portanto, com Ghilas dispensado - não vou acrescentar mais nada sobre o que disse sobre essa dispensa na altura que ela foi conhecida -, Gonçalo Paciência e André Silva em fase de aprendizagem e crescimento; Adrián e Sami a poderem jogar ali, mas sempre como soluções de recurso, é importante contratar alguém para a frente de ataque. A primeira coisa, garantir que Cha Cha Cha fique quase inacessível, já foi conseguido - embora baste uma mudança num desses clubes de dinheiro fácil, para, por efeito dominó, sobrar para nós... mesmo que 40 milhões já não cheguem para levar Jackson neste defeso - agora temos até ao dia 31 deste mês para arranjar uma solução. Se fossemos um clube rico, já tínhamos o avançado que precisamos. Como não somos, temos de ter calma e ponderação, ponderar bem na altura de decidir custos e benefícios. Só teremos razão para ficarmos preocupados se em princípio de Setembro estiver cá apenas Jackson.

PS - Há uma coisa que já estamos ganhar esta época: as vendas de camisolas aumentaram substancialmente - Perto de 60%, com as rosinhas muito bem colocadas no ranking das vendas.

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