Populares Mês

quarta-feira, 17 de setembro de 2014


Faltavam 10 minutos para acabar o jogo quando recebi o sms de um amigo:"Noite de gala. Mas a imprensa lisboeta e o nacional comentarismo do ódio e do ressentimento sublinharão as fraquezas do BATE".
Não tenho dúvidas que se não for assim, vai ser muito por aí. Pouco mérito à qualidade da exibição do F.C.Porto, tónica nas fraquezas dos bielorrussos. Sim, porque a forma como o conjunto de Lopetegui entrou forte no jogo, pressionou, circulou, atacou pela direita e pela esquerda, sem esquecer a jogo interior e provocou os erros, não teve qualquer influência. Também foi pela fraqueza do BATE e não pela forma como a equipa de azul e branco funcionou em conjunto, potenciando as individualidades, algumas para exibições que nos trouxeram à memória craques de outros tempos, mais ou menos recentes, que hoje conseguimos o resultado mais dilatado da primeira jornada da fase de grupos e o mais volumoso da história do F.C.Porto desde que há Champions League. A verdade é como o azeite, virá ao de cima com toda a naturalidade. Adiante.

Entrando em 4x2x3x1 que se confundia com um 4x2x4, com segurança, organização e dinâmica assinalável, soltando a criatividade dos seus artistas, a equipa portista foi contundente, reduziu a nada o conjunto que viajou da Bielorrússia. Apesar de forte tracção à rectaguarda, a equipa treinada por Aleksandr Yermakovich foi incapaz de contrariar o brilhatismo da exibição dos chicos de Lopetegui. 3 golos, uma bola na trave e algumas boas oportunidades na primeira-parte, 3 golos, uma bola na barra e várias oportunidades também na segunda, mostram bem o equilíbrio e a consistência da excelente performance dos Dragões.

Quando se joga a um nível tão alto, o conjunto funciona na sua plenitude, custa-me distinguir alguém. Mas perante tamanho show de bola de Brahimi, tenho de tirar a cartola ao internacional argelino. Custa-me também apontar um ou outro defeito, como sejam a excessiva descompressão na parte final ou um guarda-redes que continua nervoso, vá lá saber-se porquê.

Depois de uma prestação sem vitórias caseiras na Champions da temporada passada; após um empate em Guimarães que deixou o grande universo azul e branco desconfiado; também porque os jogos em casa são para ganhar; e sem esquecer que cada triunfo vale 1 milhão; era importante entrar com o pé direito. Entamos, fizemos uma exibição categórica, tivemos uma noite de gala como há alguns anos já não tínhamos no Dragão. Não é razão para embandeirar em arco, ainda temos muito trabalho pela frente, mas há razões para estarmos contentes e confiantes.

Ficam os nomes dos artistas responsáveis por uma noite muito bonita:
Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex, Casemiro, Herrera depois Tello, Brahimi depois Evandro, Quaresma, Adrián e Jackson, depois Aboubakar.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset