terça-feira, 16 de setembro de 2014
O BATE Borisov não é uma equipa de top no futebol europeu, é uma equipa ao alcance do F.C.Porto, ainda mais com o jogo a ser no Dragão. Mas na Champions não há jantares grátis. É preciso trabalhar muito e o tempo todo. A equipa da Bielorrússia pode não ter grandes artistas, pelo menos não são conhecidos, pode ter vários pontos fracos, mas vontade não lhe falta, capacidade física para aguentar os 90 minutos a um ritmo alto, também não. Portanto, só conseguiremos o nosso objectivo de entrar com o pé direito, conquistar os 3 pontos, se entrarmos despertos, concentrados, organizados, funcionarmos como equipa e depois potenciarmos a melhor qualidade técnica, desde o início até ao fim. Apesar de achar que a equipa do leste da Europa não virá jogar ao ataque, acredito que haverá mais espaço que na esmagadora maioria dos jogos do campeonato português. Temos de os aproveitar.
Na Champions estamos no nosso habitat natural, não somos favoritos, mas queremos mostrar serviço, a nossa qualidade, o talento dos nossos jogadores, queremos como primeiro objectivo, chegar aos oitavos-de-final. Ganhar amanhã é um bom começo.
Dossier de imprensa da UEFA. Está lá tudo: desde os árbitros, delegados, técnicos, equipas, etc.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Fabiano e Andrés Fernández;
Defesas, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro e Marcano;
Médios, Casemiro, Rúben, Herrera, Brahimi e Evandro;
Avançados, Quaresma, Tello, Jackson, Aboubakar, Quintero e Adrián.
Equipa provável:
Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex Sandro, Casemiro, Herrera e Evandro, Quaresma, Jackson e Brahimi.
Ainda o Guimarães 1 - F.C.Porto 1.
Também estivemos de acordo que frente a equipas fechadas, dois falsos alas que têm tendência a interiorizar, não funciona. A ideia, acredito que seja dar a possibilidade aos laterais de entrarem nas costas, no caso de Danilo e Josè Angel, mas basta o treinador adversário bloquear as subidas dos laterais para a coisa se complicar - um falso ala, ainda estou como o outro, dois, nestes jogos cerrados... não estamos de acordo, muito menos se dois dos três médios forem os citados anteriormente.
Onde voltamos a coincidir, foi na tardia entrada de Aboubakar. Ambos achamos que devia ter entrado após o Vitória ter empatado. Nessa altura a equipa vimaranense já não tinha muito gás, os quatro defesas, uma espécie de duplo-pivot com Casemiro e Evandro - este com mais liberdade para subir -, Tello na direita, Brahimi na esquerda, Jackson e o camaronês pelo meio, um ligeiramente atrás do outro. Se tivessemos feito isto teríamos ganho? Não sabemos, até podíamos ter perdido, mas fica a sensação que era por aí. Veremos o que o futuro nos reserva.
Onde a coisa se complicou, foi quando se colocou qual seria o meu onze do F.C.Porto, partindo do princípio que todos estão em condições de jogar e em forma.
Não é fácil, curiosamente ou talvez não, as grandes dúvidas estão no meio-campo. Se Fabiano na baliza parece consensual - embora me continue a irritar a dificuldade que o guarda-redes tem em soltar rápido a bola. Hesita e com isso não aproveita alguma desorganização da equipa adversária -, Danilo, Maicon, Martins Indi e Alex Sandro, idem aspas - Opare tem estado lesionado, não se tem mostrado, o que valerá em forma? Marcano também não conheço. Já Josè Angel é fiável, tem sido uma boa surpresa, se Alex não puder só há problemas na Champions, onde tem de haver um adaptação.
Passando para o ataque, tendo para Tello, Jackson, Brahimi. Em certos jogos no lugar de Tello pode aparecer Quaresma ou Adrián, no de Brahimi os mesmos dois e mais Quintero, desde que do outro lado esteja um ala. Uma alternativa para certos jogos, será juntar Aboubakar a Jackson, nessa circunstância seria 4x1x3x2.
O meio-campo, esse sector fundamental, é o grande problema, para mim e acho que para todos, Lopetegui incluído.
Na hipótese 4x1x3x2 teríamos o quarteto defensivo já referido, Rúben ou Casemiro a seis, Brahimi de um lado, Tello do outro, o médio centro seria ou Óliver, Herrera, Quintero ou Evandro.
No 4x3x3, aqui é que a porca torce o rabo. Rúben ou Casemiro é não é difícil, um dos dois a seis, mas os outros dois? Óliver com Herrera? Óliver com Evandro? Óliver com Quintero? Evandro com Herrera? Evandro com Quintero? Herrera com Quintero? Nunca Quintero com Óliver, com bola a coisa ia, sem bola seria um desastre? Puxar Brahimi para o meio e juntar-lhe Óliver e o chamado trinco? Não sei, há muitas possibilidades, mas ainda não vi um meio-campo que me dissesse: é este! Porque tudo isto são apenas teorias de adeptos que embora vejam futebol há muitos anos, são apenas treinadores de bancada, valem o que valem. Mas podem ser discutidas, contrariadas, até apelidadas de prognósticos após o jogo.
António Simões, ao contrário do poeta, Jorge Jesus não está sozinho, nem nunca vai de peito aberto. Tem a cobertura do quarto poder e um exércitos de muitos baptistas.