terça-feira, 7 de outubro de 2014
Quem não conhecesse este país de vendidos e visse os programas desportivos de domingo e segunda-feira à noite, ficava convencido que na Luz tudo tinha sido normal, no Dragão acontecido uma escandaleira em benefício do F.C.Porto - na TVI até um inquérito fizeram a perguntar se o Proença influenciou o resultado. Os comentadores e paineleiros portistas, alguns por desconhecimento, outros porque são uns tachistas e para manterem o tacho fazem as mais triste figuras, desde figuras de palhaço rico, até à figura do manso, não foram contundentes na defesa do seu clube, a mentira ia ganhar pernas para andar. Mas não ganhou. E não ganhou, porque ainda há gente atenta e que não tem medo de queimar os dedinhos, nem anda à procura de tacho. Portanto, a mentira teve perna curta e a arbitragem mais vergonhosa do último fim-de-semana aconteceu na Luz - para além de um lance com Samaris de que falarei à frente, também um penalty, esse que não oferece qualquer dúvida, ficou por assinalar. Hugo Miguel já pagou e com juros altíssimos, o erro que cometeu em Coimbra num jogo do clube do regime.
- Chega, Hugo!
Maicon vs Samaris.
No F.C.Porto - Boavista F.C., Maicon levou cartão vermelho directo, por uma entrada fora de tempo, num lance junto à linha lateral, não beneficiou de qualquer atenuante pelo facto do relvado estar completamente encharcado, propício a choques. Na mesma jornada e no Benfica- Moreirense, já Enzo Perez tinha sido poupado a um cartão de igual cor, depois de uma entrada assassina sobre o jogador dos minhotos. No domingo, no Benfica - Arouca, esta entrada, arranca pinheiros pela raiz, mereceu, vá lá, um amarelo, mas é muito mais vermelho que a entrada de Maicon. Ao contrário do que dizem alguns ressabiados, se há estádio em que os critérios dos árbitros são diferentes, esse estádio não é o Dragão - ainda na época passada a única derrota caseira do F.C.Porto foi frente ao Estoril, golo de Evandro, de penalty e a 10 minutos do fim. No tempo de Robson, para a Taça de Portugal, nas Antas, F.C.Porto só não foi escandalosamente eliminado pelo União de Lamas porque o jogador do União falhou um penalty... no último minuto do prolongamento -, é o estádio da Luz. Maxi caceteiro, nunca foi expulso, mesmo que tenha derrubado a golpes de karaté, adversários. Caceteiro Garcia, idem aspas. Agora, Samaris, aspas idem. E o que tem a dizer deste escândalo, destes critérios vergonhosos, o responsável pela arbitragem, Vítor Pereira?
Dores de corno.
Já vem de longe as “dores” sulistas, típicas de gente menor.
Em 1927 a Federação, dirigida por gente ligada aos clubes de Lisboa, proíbe o F.C.Porto de ir ao Brasil, convidado pelo Vasco da Gama. Os argumentos são o receio de tumultos da colónia portuguesa com os brasileiros, e também o receio de humilhação (!). O que se passava é que os clubes da terra, CIF incluído, queriam ser eles a ir ao Brasil, e os “dignos” dirigentes achavam por bem agir assim!
Claro que em Junho desse ano, já os lagartos por lá andavam.Isto de lisuras, verdades e transparências, vem do “berço”...
(ver Os Sports 8 Fevereiro 1928 e seguintes)
Notas finais:
Que há coisas que não estão bem no Porto de Julen Lopetegui, estamos todos de acordo e já por várias vezes falamos nisso. Agora falta de atitude, Miguel Sousa Tavares? Não é um problema de atitude e o estranho é não haver uma única palavra sobre a atitude no jogo de Lviv. Porque só uma equipa com atitude, alma, carácter, naquelas circunstâncias era capaz de não perder o jogo.
Se Quintero fosse Messi, era sempre titular, andava por ali sem qualquer preocupação, quando tivesse bola jogava o belo futebol que sabe. Como não é e como numa equipa todos têm de trabalhar, enquanto o talento colombiano não tiver intensidade, capacidade para jogar sem bola, ainda vai ter dificuldades em jogar de início... mas pode sempre entrar, fazer coisas bonitas e estragos como aconteceu no domingo.
Há quem, ao ter conhecimento disto, tenha estranhado a ausência do presidente da Câmara do Porto que, consta, foi convidado, mas faltou. Não deviam. O senhor agora não é portista, é portuense e os presidentes de Câmara que marcaram presença, são, descomplexadamente, portistas.
Porque não fico surpreendido com estas atitudes?
Dragões de Ouro 2014:
Atleta do ano: Danilo
Jogador do ano: Jackson
Revelação do ano: Rúben Neves
Treinador do ano: Ljubomir Obradovic (andebol)
Atleta de alta competição do ano: Quintana (andebol)
Atleta amador do ano: Pedro da Clara e Carla Oliveira
Jovem do ano: Maria Francisca Cabral (natação)
Projeto do ano: Museu BMG
Dirigente do ano: Luís Fernandes
Funcionário do ano: Bruno Pinto
Prémio Carreira: Eduardo Braga
Dedicação: José Luís
Sócio do ano: Eduardo Vítor Rodrigues (presidente da Câmara de VN Gaia)
Parceiro do ano: Unicer
Recordação: Hernâni Gonçalves
Dragão de Honra: Sardoeira Pinto
Casa nacional: FC Porto São Miguel/Santa Maria (Açores)
Internacional: FC Porto de Jersey (EUA)