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domingo, 11 de janeiro de 2015


Como quando ganhamos nem sempre está tudo bem e em cima de um resultado negativo temos tendência a colocar tudo em causa, depois da vitória clara de ontem é tempo de colocar o dedo em algumas feridas que espero ver tratadas nos próximos jogos... porque mais vale prevenir que remediar.
O F.C.Porto só será verdadeiramente candidato e estará em condições de aproveitar eventuais deslizes do Benfica se for uma equipa consistente, com raça, alma e de mentalidade forte. E esta equipa em muitos momentos do jogo nem é consistente, não tem raça, alma, mentalidade forte. Pelo contrário, tem momentos em que fica aérea, desconcentrada, perde coesão, colectivismo, consistência, complica, passa muito facilmente a fazer mal aquilo que estava a fazer bem. Nessa altura cada menino faz o que quer, desde fintas e mais fintas sem nexo que amarram o jogo em vez de o fazer fluir; começam os enfeites artísticos, mas inconsequentes. Com espaço para ir para a frente joga-se para trás, quando se pedia objectividade e capacidade de resolução, perde-se tanto tempo em passinhos curtos que irritam o mais calmo dos adeptos e não levam a nada - o segundo golo é paradigmático: já estava a jogada quase perdida naquele futebolzinho mastigado, quando a bola sobrou para Óliver e o jovem espanhol não se perdeu em berlicoques, dominou e mandou lá para dentro. Muitas vezes ver jogar o F.C.Porto parece que estamos a assistir a uma peladinha num treino aberto aos adeptos, em que cada um faz o que quer, em que é preciso fazer certos números para agradar à plateia. Para um melhor e mais forte Porto, é preciso incutir e definitivamente, na cabeça desta malta que um jogo tem 90 minutos e se nem sempre se pode jogar bem e em ritmo alto, também não se deve baixar para níveis incompatíveis a uma equipa com as responsabilidades da equipa do F.C.Porto. Só se cativam e chamam adeptos ao estádio se o respeito pelo público estiver sempre na cabeça de cada jogador e isso significa fazer tudo para manter a qualidade exibicional pelo maior tempo de jogo possível. Depois daquela segunda-parte muito má frente ao Vitória de Setúbal, ontem na etapa complementar o conjunto de Julen Lopetegui voltou a cometer os mesmos erros. Até parecem que querem os assobios de volta... Vamos lá ter o espírito e a mentalidade correcta, pois só assim estaremos a coberto de surpresas desagradáveis, podemos manter a pressão sobre quem lidera, aproveitar qualquer deslize que surja.

Nota final:
Felicito a claque dos Super-Dragões por terem expressado um sentimento que é comum à esmagadora maioria dos portistas, mas quem devia tomar uma atitude clara devia ser a F.C.Porto-Futebol SAD.

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