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sábado, 10 de janeiro de 2015


Perante um Belenenses totalmente inofensivo, psicologicamente abalado pela pesada derrota em Braga e por isso apenas preocupado em defender para perder por poucos, o F.C.Porto, pressionado pelo resultado  do Benfica, 3-0 ao Vitória S.C., conseguiu uma vitória indiscutível, por números correctos e com uma exibição que prometeu muito, mas cumpriu pouco.

Entrando com José Ángel no lugar do castigado Alex Sandro e Quaresma(Quintero aos 76) no lugar de Brahimi que está ao serviço da selecção da Argélia, a que se juntaram os mesmos que iniciaram o jogo de Barcelos, Fabiano, Danilo, Maicon, Indi, Casemiro (aos 83 Adrián) Óliver (Evandro aos 69), Herrera, Tello e Jackson, o F.C.Porto entrou muito forte, ritmo alto, pessão asfixiante, Belenenses completamente atarantado e incapaz de sair da defesa, esboçar um lance de ataque. Jakson como corolário desse bom jogo portista fez o primeiro, o segundo ameaçou algumas vezes, mas não entrou, num período que durou cerca de vinte poucos minutos, em que o conjunto de Lopetegui prometeu uma noite de grande inspiração. Só que a partir do meio da primeira-parte tudo que de bom a equipa do F.C.Porto tinha feita até aí foi desaparecendo, o ritmo diminuiu, a dinâmica também, apareceram algumas displicências, em vez de simplificar começou a complicar-se - Indi abusou -, o jogo dos Dragões perdeu qualidade. Naturalmente, a equipa do Restelo que tinha estado toda recolhida e à rasca, aproveitou o relaxamento portista para sair do sufoco, ensaiou alguns tímidos ataques, mas sem qualquer perigo para Fabiano.  Nos últimos minutos antes do descanso, sem nunca ter atingido a qualidade da parte inicial do jogo, o F.C.Porto voltou a acelerar, podia ter marcado, numa excelente jogada, num excelente e acrobático remate após um magnífico cruzamento de trivela de Quaresma.

Resumindo: ao intervalo, F.C.Porto justamente na frente, mais um golo, colocaria maior justiça no marcador.

Na segunda-parte e após o 2-0 que aconteceu logo ao 2º minuto, a concentração desapareceu, deixou de haver equipa, cada um começou a preocupar-se com o seu show particular, apareceu aquele futebol curtinho curtinho, de toques e toquesinhos inócuos e irritantes e tal como já tinha acontecido frente ao Vitória de Setúbal, sem respeito pelo público que numa noite muito fria se deslocou ao Dragão. No último minuto ainda veio o 3-0, antes outros podiam ter vindo, tal como o Belenenses podia ter marcado na única jogada perigosa que conseguiu.

Concluindo: quem viu e se entusiasmou com aquela entrada no jogo, a forma fácil como a equipa jogava, dominava, a bola circulava e as jogadas saíam, aconteceu um golo e outros podiam ter acontecido; e depois viu a pasmaceira, o deixa rolar à espera que o tempo passe e o jogo acabe; não pode deixar de se sentir de alguma forma defraudado, apesar da vitória concludente. Eu pelo menos senti-me.

Nota final:
Quaresma voltou a fazer cara feia e a não disfarçar a azia pela substuição. Enfim... Quem também pareceu entrar aziado foi Quintero, ao contrário de Adrián que entrou com tudo. Que Deus dê paciência a Lopetegui.

O Mota do talho, complicou um jogo fácil. Nem discuto se é penalty sobre Óliver, mas cartão amarelo por simulação?

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