sábado, 14 de fevereiro de 2015
F.C.Porto B 1 - Feirense 0
Andebol, Taça EHF, F.C.Porto 20 - Fuchse Berlin 26
Hóquei, Taça de Portugal, Oliveirense 7 - F.C.Porto 6, Dragões eliminados
Enquanto na segunda circular, vermelhos e verdes competem para ver quem leva o estandarte e a fanfarra do melhor folclore do ano - neste momento há um empate. Bruno e Vieira cada um com o seu estilo, Bruno mais moderno, mais ligado ao facebook, Vieira mais nas casas do Benfica, entre a pinguinha de tinto ou branco, que eles não são esquisitos e os coiratos, procuram capitalizar apoio para que o seu folclore seja o mais popular -, o F.C.Porto já se despachou, já está concentrado a preparar o jogo de quarta-feira em Basileia a contar para os oitavos-de-final da Champions League. E pelo que se viu no jogo de ontem, em particular na primeira-parte, há razões para estarmos optimistas. De facto, foram 45 minutos muito bem jogados, uma demonstração inequívoca da capacidade colectiva e individual que esta equipa do F.C.Porto tem. Mas quem mostra tantos argumentos, consegue chegar tantas vezes à zona onde se decidem os jogos, cria tantas oportunidades, não pode ser tão pouco eficaz na Liga, muito menos na Champions. Também não pode demorar tanto tempo a adaptar-se à maior ousadia e agressividade do adversário, como se viu ontem nos primeiros 20 minutos da etapa complementar. Se o Basileia não é uma equipa de top do futebol europeu, também não é um rival qualquer, é, seguramente, mais forte que o Vitória. Portanto e como conclusão: a qualidade e a concentração têm de durar mais tempo, se não há equipas capazes de fazer 90 minutos ao mesmo nível, principalmente quando ele é muito alto, também não podemos baixar demasiado, muito menos se a diferença no resultado é mínima, a vitória não está garantida. Por isso, o grande desafio que se coloca ao conjunto de Julen Lopetegui, agora que a coisa vai aquecer a sério e a época vai começar a decidir-se, é prolongar no tempo de jogo a qualidade, a intensidade e a concentração, saber como contrariar as dificuldades que entretanto surgiram. Quem é tão superior tem de ser capaz de traduzir essa superioridade em golos, não pode ficar sujeito aos caprichos do jogo ou a decisões arbitrais que deixam muito a desejar. Killer instinct, please!
Lopetegui começa a provocar muita comichão em algumas cabecinhas pensadoras.
Na antevisão do jogo frente ao Vitória S.C., Julen Lopetegui, a uma pergunta sobre se as notícias do mercado o incomodavam, podiam ter efeito sobre os jogadores, respondeu que não, que 99% das notícias que saem são falsas. Ora, se fizermos um apanhado sobre as notícias de jogadores que iam do F.C.Porto para os mais variados clubes e vinham dos mais variados clubes para o F.C.Porto, concluiremos que foram notícias falsas. Portanto, Lopetegui respondeu e respondeu muito bem. Só que houve quem não tivesse gostado e tenha afirmado que o treinador dos Dragões tinha colocado em causa a honestidade dos jornalistas. Se colocar em causa certas notícias, como se prova, falsas, algumas que não passam de encomendas de agentes, outras que servem apenas para vender papel e outras para a malta se rir às gargalhadas, como são exemplo, Falcao e Álvaro Pereira no Benfica, mas a terminarem no F.C.Porto - são apenas dois exemplos, se fosse a colocar todas as mentiras publicadas não era um post, seria um livro, tantas são -, é chamar desonestos aos jornalistas... OK, mas ser o Bonzinho, logo o Bonzinho tão bem retratado no livro do Fernando Mendes - «Fui confrontado com a hipótese de rumar ao Benfica por duas figuras do jornalismo nacional, e em especial da Imprensa desportiva: Leonor Pinhão, assumida benfiquista do jornal A Bola, e João Bonzinho, que também pertence ao mesmo jornal e que nunca fez questão de negar as suas cores clubistas. Foi-me dito que ambos tinham ligações próximas com a direcção do Benfica» (…) «Assinei contrato pelo Benfica, no Bairro Alto, na casa de Leonor Pinhão e do seu marido, o realizador João Botelho. Para além dos dois, estavam lá João Bonzinho, Jorge de Brito, como representante do Benfica, e o meu jovem advogado» - a reagir, não deixa de ter um piadão. Mais, ver os bonzinhos e mauzinhos muito atentos às declarações do treinador do F.C.Porto, dizerem que é arrogante, só merece indiferença - vê-se! -, é muito bom sinal.
Conhecendo-os como conhecemos, sabendo o carácter desse vendilhões do templo, dessas virgens que só se ofendem quando dá jeito e sempre na mesma direcção, se dissessem que Lopetegui era fantástico, um exemplo de cavalheirismo e muito bom moço, é que era de desconfiar.
- Carregue, Mister! Que nunca lhe doa e voz. Até porque se não fosse você... era um silêncio ensurdecedor! E mais, falar dos critérios dos árbitros na análise da expulsão de Maicon no jogo frente ao Boavista versus a entrada de Cafú sobre Casemiro, é ser concreto, objectivo, não é arranjar desculpas. Dizer que os artistas devem ser preservados, assim como quem procura jogar futebol, também está bem dito.
Sabe, Mister, neste cantinho à beira mar plantado, até já houve campanhas com o título: "Deixem jogar o Mantorras".Mas deixem jogar o Hulk... só nós!