quarta-feira, 11 de março de 2015
Julen Lopetegui disse ontem que está muito orgulhoso dos seus "chicos", pois eles têm trabalhado muito, acreditam no que fazem, são humildes, mas ambiciosos. Eu digo que Lopetegui também pode estar orgulhoso pelo seu trabalho. O seu F.C.Porto tem atitude, tem identidade, processos consolidados, um colectivo forte que potencia as individualidades, está uma senhora equipa. Não é uma equipa perfeita, isso não existe; não vai jogar sempre bem, isso ninguém consegue; ganhar sempre, não há equipas imbatíveis; mas está muito confiante, personalizada, promete um final de época à altura das responsabilidades e pergaminhos de um clube de sucesso, ganhador e de exigência máxima, como é o F.C.Porto.
Ver jogadores tão contestados no início da época, a serem agora grandes figuras dos Dragões, é mérito de Lopetegui; ver uma equipa que perde, quiçá, sua principal referência do meio-campo, Óliver; Jackson, o seu principal goleador e referência ofensiva; ou um lateral com a influência de Danilo, num ciclo de jogos com elevado grau de dificuldade e não abanar, manter a identidade e os processos, diz muito sobre a capacidade e competência do treinador basco. Não posso também deixar de referir a liderança, com a importância bem reflectida no excelente o espírito de grupo, o discurso e a forma como Julen Lopetegui percebeu o que é o F.C.Porto e os fenómenos adjacentes ao futebol português. Claro que isso gera inveja, os méritos tardam a ser reconhecidos, mesmo quando há elogios eles vêm sempre acompanhados de várias reticências. Mas esse é o preço que pagaram os treinadores do F.C.Porto que fizeram história. Espero que também seja o caso de Julen Lopetegui.
Notas soltas:
Há duas coisas que todos os pingarelhos que escrevem no panfleto da queimada e têm direito a umas colunazinhas, dizem: o F.C.Porto só tem apanhado adversários fracos da Champions League; fala-se demasiado dos árbitros em Portugal. Acho extraordinário, vindo de jornalistas, alguns entre aspas, de um jornal escandalosamente pró-Benfica, quando os tão badalados títulos europeus do clube do regime foram conquistados com o Benfica a eliminar os poderosíssimos Rapid de Viena, Aarhus, Újpest, Hearts ou Nuremberga, no segundo título, disputando apenas sete jogos. No que toca a falar-se demasiado dos árbitros, também não deixa de ter piada, vindo de jornalistas, alguns entre aspas, de um panfleto que se colocou ao lado do Benfica, dando todo o destaque e até tendo dois sub-directores a colaborarem em comunicados, nas mais ferozes campanhas contra as arbitragens.
O Benfica passar para o lixo manhoso da Cofina a ideia que está preocupado com a nomeação de Arur Soares Dias para o seu jogo frente ao S.C.Braga, só pode ser piada.
Danilo, felizmente, está tudo bem, brevemente estará de volta.