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domingo, 8 de novembro de 2015


Como digo no título, como é possível uma equipa que faz um jogo bom, sim um jogo bom e bom mais, domina totalmente, não deixa jogar o adversário, sufoca-o, massacra-o, constrói várias e claras oportunidades de golo e depois tem tantas dificuldades em ganhar, ganha apenas por dois golos de diferença, quando devia ter ganho por cinco e não estou a exagerar? É possível porque esta equipa tem um déficit entre aquilo que joga, aquilo que cria e aquilo que marca. Hoje, ufa!, deu para ganhar, frente ao Braga não deu. Pena, porque tal como hoje, a superioridade do F.C.Porto foi flagrante. Também é importante referir que a equipa contou com um apoio incondicional e fervoroso dos seus adeptos, o público do Dragão, hoje, foi fantástico, ajudou e contribuiu muito para a conquista dos três pontos.

A primeira-parte foi muito semelhante à segunda, a diferença apenas residiu no facto de durante os primeiros 45 minutos e no início do jogo, o Vitória ainda procurou pressionar, jogar no meio-campo do F.C.Porto, o que não aconteceu na etapa complementar. Mas essa pressão e essa vontade, duraram pouco, rapidamente os Dragões tomaram conta do jogo, foram para cima dos sadinos, atacaram pelas laterais, pelo meio, apesar de terem pela frente uma muralha de vitorianos, conseguiram chegar com perigo à área de Raeder - ia com a lição bem estudada o guarda-redes sadino, começou a queimar tempo desde o 1º minuto...-, apenas faltou, como disse, eficácia e mais concentração na hora do último passe, a assistência nem sempre saiu como devia.
O empate ao intervalo era demasiado penalizador para os pupilos de Lopetegui. Sim, pelo que jogaram, mereciam, não apenas uma vantagem qualquer, mas uma vantagem gorda e que lhes permitisse na segunda-parte abrandar, controlar, descansar.

Por culpa própria, não foi possível. E foi preciso voltar de início com o mesmo empenho, a mesma atitude, trabalhar e lutar muito, não desistir, ir buscar o restinho de combustível para marcar e ganhar. Quando o golo finalmente surgiu, iam decorridos 70 minutos, tal como tinha acontecido na etapa inicial, já o F.C.Porto tinha voltado a desperdiçar vários golos cantados. Mas o rei do desperdício, Vincent Aboubakar, lá encontrou o caminho da baliza, fez o primeiro e o Dragão respirou fundo. O mais difícil estava conseguido. Como o desgaste acumulado era muito, o cansaço fazia-se notar, era natural que a equipa tentou controlar, trocar a bola, respirar. Só que quando já se estava a abusar, Layún, sempre cheio de gás, sempre inconformado, disse que não estava pelos ajustes, gritou, vamos acabar com isto, venham atrás de mim e a equipa fez-lhe a vontade. Virou-se para a frente, deixou de toquezinhos, numa bela jogada de ataque criou as condições para que o mexicano colorisse a grande exibição com um grande golo. E com o dois a zero o jogo ficou decidido.

Notas finais:
Foi um jogo sofrido, mas ninguém contestará a justiça do triunfo do F.C.Porto, ninguém contestará que peca por escasso. São estes jogos e estas vitórias que dão moral, confiança. É este o caminho, só com esta atitude, determinação e comunhão equipa/adeptos, podemos ser felizes em Maio.

Mais um jogo sem sofrer golos, um recorde igualado, mas mais importante que isso, sem que o Vitória, uma equipa que tinha marcado muito, criasse uma única oportunidade, obrigasse Casillas a sujar os calções.

O árbitro não teve influência no resultado, mas é fraquinho demais para internacional?

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