domingo, 10 de janeiro de 2016
Muita chuva e vento, mas relvado a permitir um jogo em condições bastante aceitáveis, no pós-Lopetegui e com Rui Barros no banco, ao F.C.Porto pedia-se atitude, raça, espírito de sacrifício, uma equipa de fato macaco vestido, capaz de dizer, presente, ainda estamos aqui. E esse Porto, correspondeu, ganhou, goleou, teve bons momentos no jogo, mostrou que pode lutar pelo título. Vai depender muito do que seja capaz de fazer e da resposta que der no futuro, hoje deu uma excelente resposta, mas também do que acontecer com os outros dois candidatos. Que sejam apenas as equipas, a sua capacidade e qualidade a decidirem quem festejará em Maio. É um desejo que fica expresso.
Entrando forte, com posse, mas mais dinâmico, logo mais rápido, por isso a encontrar melhores saídas para o ataque e com Herrera omnipresente - estava em todo o lado o mexicano, a jogar e a fazer jogar -, o F.C.Porto fez uma primeira-parte de bom nível, acima do esperado. Adiantando-se cedo no marcador - grande passe de André André para a desmarcação de Herrera que no lugar do ponta-de-lança, matou no peito e adiantou os Dragões -, o conjunto, hoje orientado por Rui Barros, foi superior, dominou, conseguiu algumas boas jogadas, mas faltou contundência, melhor definição e mais eficácia para traduzir esse domínio e essa superioridade em mais golos.
Resumindo, ao intervalo, era justa a vantagem portista, apenas faltava aquela capacidade e killer instinct para transformar a superioridade, domínio e melhor futebol, em golos. Faltou também um ponta-de-lança mais confiante e mais inspirado.
Resumindo, nesta altura pedir mais, é pedir o impossível. Mas hoje e partir do segundo golo, quando a equipa ficou mais serena, confiante e tranquila, já se viu um Porto melhor e mais forte colectivamente, mais próximo daquilo que se espera possa fazer no futuro.Agora temos de nos manter focados, unidos, olhar para a frente e esperar que o mau tempo tenha ficado definitivamente para trás.
Notas finais:
Hoje ganhamos naturalmente, fomos bastante superiores, goleamos. Que ninguém se convença que quarta-feira são favas contadas, o Boavista não tem argumentos para complicar. É outro jogo, é preciso a mesma atitude, seriedade e qualidade. Temos de acabar, definitivamente, com os altos e baixos que caracterizaram as prestações da equipa nos últimos tempos.
Parabéns, Rui Barros!