Populares Mês

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


Na ressaca de mais uma noite que deixou os portistas muito mal dispostos e muito cépticos em relação ao futuro, dá vontade de fazer uma pausa, esperar para ver. Primeiro, porque logo no dia seguinte ao apelo que ia no sentido de: temos de dar a volta a isto, porque já passamos por situações semelhantes e demos, levamos mais uma marretada daquelas que deixam marcas, nos mostram que assim é difícil motivar alguém. A descrença, o desânimo e o conformismo parece ter-se apoderado do universo azul e branco do F.C.Porto. Segundo, porque há coisas que entram pelos olhos dentro e que devíamos combater, mas não fazemos a ponta de um corno, a única reacção são umas pequenas notas no Dragões Diário. Com a ajuda de uma máquina de propaganda prostituída e vendida, com dois pesos e duas medidas, branqueando ou extrapolando ao sabor das conveniências dos vermelhos da Luz - por exemplo, alguém acredita que a trupe da queimada, com o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado à cabeça; os rafeiros da Cofina e afins, achariam uma coisita sem importância, se a história dos vouchers fosse com o F.C.Porto? -, onde se incluem alguns dos inimigos de outrora e amigos de agora e que merecem mordomias como serem convidados para a Gala dos Dragões de Ouro, o Benfica controla tudo, desde os responsáveis pela arbitragem - ontem foi mais um exemplo da pouca vergonha que grassa no sector, cada artista de apito na boca a tem os critérios que lhe apetecem, mas sempre a favor de uns e contra o outro. Se aquele lance de ontem foi penalty, os três sobre Maxi no F.C.Porto vs Marítimo, também eram motivos para assinalar grande-penalidade. Não foram e o nº2 dos Dragões, ainda levou amarelo. Viva a pouca vergonha, o despudor e  bandalheira! - até aos orgãos de disciplina - não sei como vai acabar esta história do Slimani, nem se trata de defender o jogador que tem comportamentos censuráveis. Trata-se de, nestas questões, o clube do regime ser quase sempre protegido. Lembro-me bem de Lisandro López ser castigado por supostamente ter simulado um penalty, facto inédito; lembro-me de Paulinho Santos ser castigado por agredir João Pinto e só voltar a jogar quando o agora dirigente federativo recuperou da lesão e que só não foi um facto inédito, porque já tinha acontecido com outro jogador do F.C.Porto, o saudoso Virgílio Mendes, Leão de Génova; lembro-me de Benni McCarthy, na época 2004/2005, ter ficado NOVE jogos de fora, tudo por sumaríssimos instaurados pelos senhores da disciplina com base em imagens televisivas. E por isso, não podemos nem devemos cruzar os braços, temos a obrigação de não desistir. O F.C.Porto está mal, num momento muito difícil, mas não está morto e sendo assim, não posso, não podemos, ficar quietos, calados, à espera. E não está morto, porque o F.C.Porto somos nós e nós não estamos aburguesados, acomodados, conformados a um triste destino. Não, não somos feitos dessa massa. Se caímos, logo nos levantamos, arranjamos forças para lutar e denunciar o que está mal, reagir e obrigar a reagir, contra aqueles que todos os dias traçam os mais tenebrosos cenários para o futuro de uma Instituição Centenária, com uma História riquíssima e que precisa de ser continuamente alimentada.
Ontem posso ter caído, mas já me levantei.

José Peseiro chegou há poucos dias, tem boas ideias, um espírito positivo, sabe as dificuldades do desafio que enfrenta, mas está com uma grande vontade e uma enorme determinação para conseguir inverter a tendência, ser feliz. Precisa de ser apoiado, ajudado e não ser já contestado, olhado de soslaio, atacado porque perdemos um jogo que mesmo sem treinador, aqueles jogadores tinham obrigação de ganhar.
Temos, definitivamente, de deixar de encontrar nos treinadores os bodes expiatórios de todos os males do F.C.Porto.

Uma questão central:
Quando temos um central que já está há sete anos no F.C.Porto e ainda não se impôs definitivamente, tornam-se num indiscutível, porque tão depressa faz uma coisa boa, como logo a seguir tem uma displicência inaceitável ou é batido de forma infantil, como é o caso de Maicon, é natural que olhemos para o centro da defesa e achemos que é preciso alguém. Concordo e até sou capaz de traçar o perfil do jogador que necessitamos: dextro, alto e bom no jogo aéreo, rápido a ir buscar os avançados para assim podermos jogar uns metros mais à frente e arriscarmos mais, se possível capaz de sair a jogar e com voz de comando. Mas onde está este jogador e a um preço dentro das possibilidades do F.C.Porto? Depois, desenganem-se aqueles que acham que a questão da defesa e em particular dos centrais, é apenas uma questão de qualidade ou falta dela, dos jogadores que temos. Não é! Também tem a ver e muito, como a equipa se organiza defensivamente, como preenche os espaços, como pressiona para não permitir que os jogadores adversários tenham tempo para pensar, executar e colocar a bola em boas condições nos avançados, como são feitas as compensações e as ajudas, etc. Isto é, se não houver coesão, automatismos, confiança, tranquilidade e a equipa funcionar como um todo, tudo fica muito complicado. Se uma equipa funcionar bem, a vida fica mais fácil para todos, mesmo aqueles que não são tão bons, passam despercebidos. Um exemplo: Fabiano merecia críticas; Casillas, apesar do seu valor e experiência, também as tem merecido. Neste momento parece um jovem que está na primeira época de sénior.

PS - Seguidistas, zelotas, tachistas e carreiristas, são os Jucas desta vida...

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset