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domingo, 3 de janeiro de 2016


Este plantel não é o melhor do mundo, mas para a realidade portuguesa é bom, na minha opinião tem apenas duas lacunas: falta um central patrão, daqueles que organize e oriente a defesa - mas quem dentro das possibilidades do F.C.Porto?; e um matador, um daqueles avançados que já tivemos e que não precisavam de cinco oportunidades para marcar um golo. Agora, quando temos uma equipa psicologicamente destroçada, jogadores intranquilos e sem confiança, parecem muito piores do que são na realidade. Lembro sempre a época de 1993/1994. Tínhamos sido bicampeões com Carlos Alberto Silva, o treinador brasileiro saiu, entrou Ivic, houve clara contenção de custos, as aquisições foram os regressos de alguns emprestados, Jorge Couto, Secretário, Folha? e uma aquisição que na altura fez sorrir muita gente, Vinha, ex-Salgueiros. O início da época estava a ser fraco, a contestação já se fazia notar, as críticas ao valor do plantel também. Ivic saiu - não podia dizer não a um prestigiado convite da FIFA. Ahahahahahah! -, Bobby Robson que tinha sido despedido do Sporting, foi contratado, as coisas melhoraram notoriamente, afinal o tal plantel não era tão fraco como se apregoava. O que se passa actualmente no F.C.Porto é que o tal momento de viragem, o click que vai mudar o rumo dos acontecimentos, trazer tranquilidade e confiança à equipa, permitir que os jogadores deitem cá para fora o potencial que têm, apesar de tantas palavras e tantas promessas, para mal dos nossos pecados, nunca mais acontece. Ontem era um desses momentos e as coisas voltaram a correr mal. Como sair disto? Como contrariar o pessimismo justificadamente instalado? Após a derrota com o Marítimo para a Taça da Liga, deixei no post esta nota:
«Alvalade vai mostrar de que massa é feita toda esta gente. Ou mostram que têm carácter, vergonha na cara e resgatam o que é SER, verdadeiramente, PORTO, ou então é a hora de cortar a direito, doa a quem doer. Será a hora do Líder! Chega de bodes expiatórios!»
Pois, para mim é claro, esta é a hora do Líder, esta é a hora do Presidente Pinto da Costa. Se está com o treinador, confia no seu trabalho e que ele é capaz de levar o barco a bom Porto, não chega ir ao Olival após as derrotas, tem de sair em defesa do treinador e porque não, dizer publicamente:
Fui eu que escolhi Lopetegui, sou eu que o mantenho, se querem contestar e insultar, contestem e insultem-me a mim, porque sou eu o principal responsável. 
Se não confia e acha que as coisas com o técnico espanhol têm tudo para correr mal, então aja e assuma as consequências do erro. Isto assim é que não pode continuar, não podemos ver em quase em todos os jogos, coisas que nos remetem para um passado muito triste, mas felizmente, longínquo. Se este não é o momento para Jorge Nuno Pinto da Costa falar aos portistas, quando é? Foi o Pinto da Costa corajoso, frontal, determinado, capaz de enfrentar tudo e todos em defesa do F.C.Porto, que mudou as mentalidades, acabou com as injustiças, mobilizou e motivou o portismo, disse, sim, nós podemos!, e com isso mudou a história do F.C.Porto e do futebol português. Os tempos são outros e não páram, mas este Porto mudo e quedo, sem alma, sem raça e sem crença, conformado, acomodado, que leva a bofetada e dá a outra face, não é o "MEU PORTO". E como não me conseguem provar que este caminho de agora é o caminho correcto... espero que com o Líder ou com alguém em quem ele delegue, o F.C.Porto regresse ao passado, porque não temos nada no passado que nos envergonhe.

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