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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016


Lopetegui é o treinador do F.C.Porto, enquanto for treinador do meu clube terá todo o meu apoio, crítico, mas sempre com respeito, objectividade e de forma construtiva. É fácil bater e achincalhar, pisar em cima de quem está por baixo; é fácil dizer certas coisas para a agradar à corrente, provavelmente, maioritária; alguns fazem-no porque a música já dá pouco, para a advocacia têm pouco jeito, agora a sua vida é ser paineleiros; e um paineleiro portista tem de ser simpático e agradar ao mais primário anti-portismo. É esse o caso de Miguel Guedes, cujo comportamento no Trio d' Ataque de ontem, foi lamentável. Já lho disse, repito-o aqui. Entre outras coisas, também pelo silêncio cúmplice, aproveitar o facto de um jogador ter bocejado na entrada para a segunda-parte, não para criticar o jogador, mas para zurzir no treinador, porque não diz Porto, diz Oporto - sinceramente, nunca me apercebi disso. Sempre achei que Lopetegui diz: O Porto, mas também não ando à cata de tudo para bater em Lopetegui...- e isso deu sono a Corona, é uma argumentação rasca, baixa e indigna. Tanto tesão para atacar os seus, tanta cobardia para colocar na ordem os Hugos, Telmos e Gobernes desta vida.

Julen Lopetegui pode não ser o melhor treinador do mundo - ninguém está contente com os resultados nem com as exibições -, mas é um profissional sério, um homem correcto e educado, não pode ser tratado da forma como tem sido tratado, principalmente pelos adeptos do seu clube. Mas o que mais me custa, não é o que diz esse artista - que ocupou uma cadeira que devia ficar vazia -, é saber que ele também bota faladura num programa do Porto Canal, televisão gerida pelo F.C.Porto. Isso é que me incomoda, porque no tal Porto que falo e no qual me revia, jamais uma coisa dessas seria possível.

Julen Lopetegui, que não tomou o lugar de treinador do F.C.Porto de assalto, mal chegou começou a ser tratado abaixo de cão, tudo servia para bater, desde a nacionalidade até à contratação de alguns dos seus compatriotas. Pena que quem apostou na sua contratação não tenha desde logo começado a combater estas campanhas que têm produzido um efeito demolidor, transformando o treinador num saco de pancada, na mesma linha linha do que aconteceu com a maioria dos técnicos anteriores.

É extraordinário e a mensagem já está a passar: se o F.C.Porto for campeão, é apesar de Lopetegui, pelos jogadores, jogadores que nas derrotas não têm responsabilidades, quem leva sempre porrada é o treinador. A isto chama-se má-fé, desonestidade intelectual e da pior
 
Uma nota sobre a equipa B:
Qualquer portista só pode estar contente com o comportamento do F.C.Porto B. A equipa de Luís Castro lidera o campeonato e com uma diferença grande para o segundo classificado; tem gente talentosa e que promete; ganha muitas vezes e junta a essa premissa um futebol de qualidade. Porque as coisas correm bem há tranquilidade, confiança e quando existem esses dois factores, tão importantes no futebol, os jogadores arriscam sem medo, tudo sai com naturalidade. Agora, não podemos nem devemos utilizar as prestações da equipa B como arma de arremesso contra a equipa A. A exigência é muito menor, a pressão também e assim, foi possível manter Luís Castro como treinador, apesar de na época passada o F.C.Porto B ter terminado o campeonato em 13º lugar e com 19 derrotas. Alguns que agora tanto elogiam o treinador da segunda equipa, são os mesmos que não lhe perdoaram, por exemplo, não ganhar a um Benfica a jogar com 10 para a Taça da Liga, no Dragão; ser eliminado na Luz para a Taça de Portugal, com mais um jogador desde meio da primeira-parte, já na segunda estar empatado a um, poder perder pela diferença mínima e nem ter assim ter conseguido chegar à final.

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