domingo, 14 de fevereiro de 2016
Com o campeão encontrado a 12 jornadas do fim, feito inédito e que entra sem bater à porta para os anais dos futebol português - o xeque já está, só falta o mate. Cá por mim, desde que ninguém tenha de ajoelhar ao minuto 92, está tudo bem -, resta ao F.C.Porto lutar pelo segundo lugar e pela entrada directa na Champions League - uma pré-eliminatória em ano de Europeu e Jogos Olímpicos é sempre complicada... E na luta por esse objectivo importante, a vitória na Luz foi ouro sobre o azul. Para além disso, a conquista dos três pontos, teve outro significado, mostrou que se é verdade que se perderam valores no F.C.Porto, também é verdade que ainda não se perdeu tudo. Só o F.C.Porto era capaz de ganhar na casa do Benfica, nas circunstâncias internas conhecidas e frente a um adversário que, salvaguardando os exageros dos comerciantes de papel, audiências e shares, estava no ponto mais alto da motivação e vinha moralizado pela goleada em Belém. Portanto, se com uma derrota na casa do Benfica, seria o cúmulo do irrealismo acreditar que podíamos lá chegar - embora a matemática nos mantivesse com possibilidades -, com a vitória, temos obrigação de pensar que mesmo não dependendo apenas de nós, podemos conseguir e sendo assim, temos de fazer a nossa obrigação, isto é, ir ganhando e ganhando. Não podemos dar mais abébias.
Quando o Basquetebol do F.C.Porto foi suspenso, 19/07/2012 e após a saída do comunicado a oficializar a decisão, muitos não acreditavam na suspensão, pensavam que era o fim de uma modalidade com grandes tradições no clube. Apesar de constar no ponto 3 do comunicado que ia ser feito um convite a Moncho López para continuar ligado ao F.C.Porto, dirigir os escalões de formação e preparar o regresso do Basquetebol sénior, o cepticismo manteve-se, mesmo quando apenas passados 15 dias, 04/08/2012, o conceituado técnico espanhol aceitou o convite e assinou por 3 épocas. O que é facto é que o Basquetebol do F.C.Porto voltou, primeiro como Dragon Force e na Proliga, este ano na Liga Principal, como F.C.Porto e até já conquistou um título, hoje em Oliveira do Hospital, ao bater na final do Troféu Hugo dos Santos, o Benfica por 69 - 68.
Parabéns Moncho! Alguém que não nasceu Dragão, mas já é um Grande Dragão e que mesmo sendo profissional, alguém a quem o Basquetebol do F.C.Porto deve muito.