terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Haverá maior desafio para uma equipa do F.C.Porto que quer limpar a imagem, resgatar o orgulho, tudo o que perdeu na noite de pesadelo frente ao Arouca, que ganhar em casa de um adversário lambido e bajulado até ao tutano pela imprensa do regime, onde os elogios vão de "Os insaciáveis", até a "Rolo compressor", passando por "Ataque demolidor", sem esquecer "Máquina de fazer golos"? Não! Seremos capazes? Como não sou de desistir, acredito que esta malta tem alguma fibra e ainda não atirou a toalha, tenho esperança que na Luz esteja um Dragão de chama alta e pronto a surpreender, a desculpar-se na prática e não na teoria de conversa de chacha. São estes jogos que dizem quem é quem, separam o trigo do joio. Quando entrarem no campo, olhem lá para cima, para o local onde estarão os adeptos do F.C.Porto e lembrem-se que eles têm dado muito mais que têm recebido. Lembrem-se que eles não vos obrigam a ganhar, mas exigem que vocês deixem o relvado com a certeza que fizeram tudo para ganhar.
Não vou caricaturar, insultar, abandalhar, Maicon, como já vi por aí, mas estou muito zangado com ele. Primeiro, porque o lance que esteve na origem do segundo golo do Arouca não foi um azar, um lance infeliz. Não, foi uma displicência, uma irresponsabilidade, um erro grosseiro que nos custou uma derrota e sabe Deus o que mais. Pior, não foi a primeira vez, Maicon é useiro e vezeiro em fazer aquelas gracinhas: podia arranjar mais exemplos, mas já em 29/09/2012, num Rio Ave 2 - F.C.Porto 2, fez exactamente a mesma coisa e isso custou-nos outro golo; como já referi anteriormente, o F.C.Porto só não foi obrigado a disputar um prolongamento em Santa Maria da Feira no jogo da Taça de Portugal frente ao Feirense, porque Helton fez um duplo milagre, defendeu o remate à queima e também a recarga - apesar da péssima abordagem, não confundo os lances citados, com o que esteve na origem do penalty contra o Tondela, a poucos minutos do fim e que Casillas conseguiu resolver, defendendo a grande penalidade e garantindo os três pontos.
Segundo, porque tentar passar, mesmo que por interposta pessoa, a ideia que o que aconteceu se deve a um problema físico que se arrasta há meses, é feio, injusto, não fica bem a ninguém, muito menos a quem usa a braçadeira de capitão do F.C.Porto.
Aqui chegados, há quem peça medidas drásticas, radicais e que vão no sentido de Maicon nunca mais jogar de Dragão ao peito. Sinceramente, a minha primeira reacção ia nesse sentido, mas mais a frio, acho-a excessiva e explico porquê: Maicon, como muitos outros, é um produto deste novo Porto, onde há valores que desapareceram, onde o SER PORTO significa pouco, dentro do campo e infelizmente e esse é o ponto, fora dele. Portanto, só concebo uma medida drástica, se isso significar um regresso ao passado, aos valores que nos ajudaram a conseguir grandes e históricos sucessos desportivos, onde o SER PORTO seja praticado e não apenas falado e banalizado.
Com a devida vénia ao autor, João Carlos, uma reflexão muito oportuna e um post que subscrevo.
«O Vitor Pereira e o FCP que foram campeões sem derrotas, não tiveram mérito na conquista desse campeonato. Diziam os articulistas, opinadores e outros artistas que não foi o FCP que ganhou esse campeonato mas sim o 5LB que o perdeu.
Agora que o 5LB chegou à liderança depois de já ter estado a 7 pontos, já ter perdido com os principais rivais e ter sido criticado o treinador pelos próprios adeptos, não há demérito dos adversários que já tiveram tantos pontos de avanço. É tudo mérito dos jogadores e do seu treinador.
É desta forma que o andor continua a funcionar, leva a água ao seu moinho principalmente porque consegue fazer com que adeptos dos clubes adversários entrem na onda.
Tantos e tantos portistas li eu a desvalorizar os campeonatos ganhos por Vitor Pereira mas nem um, nem um benfiquista tira mérito a esta liderança de Rui Vitória e isto meus senhores é que faz a mística crescer, defender sempre os nossos nos bons e maus momentos.
Escrevi muitas vezes naquela altura que mais cedo que tarde iríamos ter saudades de "só ganhar apenas o campeonato". Triste sina, aquela a quem o tempo dá sempre razão a quem a tem.
Os tempos são de tormentas mas desenganem-se aqueles que acham que os adeptos não têm um papel preponderante para dar a volta a isto. É preciso carregar este clube ao seu lugar de destino. É preciso fazer com que quem nos gere, assuma novamente o espírito guerreiro que sempre nos caracteriza e se já não tiver capacidade para isso, saber sair para poder aparecer um novo líder.
Desenganem-se aqueles que acham que é não respeitar o passado do presidente do nosso clube, achar que ele terá de saber sair, é exactamente o seu oposto, respeitar o passado de alguém é não querer ver esse alguém perder esse passado apenas porque não soube escolher o momento certo para deixar o legado. Tudo o que o presidente do nosso clube fez merece todo o meu respeito, a admiração que criou em muitos de nós faz com que queiramos continuar a admirar a sua obra para sempre mas a obra tem de continuar, pois já dizia o artista "The show must go on".»
Mas este rafeiro, este Reco-reco anormal pensa que os portistas - e aqui portistas, leia-se a sua esmagadora maioria - são da sua laia, vão culpar José Peseiro pelo que de mau possa acontecer no futuro a curto prazo do F.C.Porto? Este Reco-reco acha que os portistas não sabem de futebol, das dificuldades que o actual técnico do F.C.Porto tem pela frente, dos graves problemas que tem para resolver? Não, os portistas têm consciência do enorme desafio que se coloca ao seu treinador, sabem que é Peseiro, não é milagreiro, que as culpas serem apenas de quem está mais em pé que sentado na cadeira de sonho, foi chão que já deu uvas, mas dá cada vez menos.
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