sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Treinador ainda sem tempo para trabalhar e implementar as suas ideias, uma derrota difícil de digerir frente ao Arouca; problemas com algumas atitudes poucos recomendáveis; pressionados por 6 pontos de atraso e sem margem para errar; com um jovem de grande futuro, mas apenas com um jogo disputado pela equipa A, no centro da defesa; o F.C.Porto mostrou frente a uma equipa e a alguns jogadores, como se viu hoje, claramente, excessivamente badalada e extrapolada no seu valor - onde estiveram os insaciáveis? Por onde andou o ataque demolidor? -, que aqueles que o tinham condenado à morte enganaram-se redondamente. Ninguém dava nada por nós hoje, nem para o futuro, mas estamos aí e agora só temos de manter a mesma atitude, a mesma vontade e determinação, se não dá para ganhar com nota artística, temos de ganhar ou fazer tudo para ganhar, na amarra. Temos de aproveitar a confiança que uma vitória destas transmite, mais uma vitória com cambalhota no marcador e no estádio do nosso maior rival. Não podemos voltar a ter uma recaída, perder pontos em jogos em que somos claramente favoritos.
Primeira-parte equilibrada, Benfica mais perigoso, é verdade e mais perto de marcar, não porque estivesse melhor, sim porque algumas desconcentrações e algumas bolas perdidas infantilmente, por parte dos jogadores portistas, causaram alguns calafrios no último reduto do F.C.Porto. Tudo porque faltou determinação na hora de afastar a bola e houve alguma lentidão a sair para colocar os avançados em fora-de-jogo - foi assim o golo do Benfica. Layún ficou atrás, legitimou Mitroglou e o grego fez o golo, iam decorridos 18 minutos -, faltou também mais cobertura aos laterais, já que Brahimi e Corona, nem ajudaram sem bola e com bola não estiveram particularmente inspirados. Mesmo assim, quando Herrera aos 27 minutos empatou, não significou uma injustiça para o conjunto de Rui Vitória. Embora mais objectivo no último terço, o Benfica não fez muito para justificar uma vantagem ao intervalo.
O reatamento da segunda-parte foi muito semelhante, à primeira, os Dragões continuaram com algumas hesitações no início da construção que lhes podiam ter custado caro, tiveram um erro de palmatória, quando após um canto a seu favor permitiram uma saída em superioridade numérica que só não deu golo porque Casillas salvou. Mas depois de esse lance, o conjunto de José Peseiro - que na segunda-parte, 59 minutos, tirou um Corona muito abaixo das suas capacidades e meteu Marega; mais tarde entrou Rúben Neves para o lugar de André ASndré, minuto 74 e a 4 minutos do fim, saiu Brahimi para entrar Silvestre Varela - melhorou, começou a ser mais esclarecido, mais assertivo, mais rápido e mais perigoso a sair para o ataque, ameçou por Aboubakar e logo a seguir, minuto 65, ficou em vantagem - excelente jogada colectiva que o ponta-de-lança camaronês concluiu. Por cima no marcador e no jogo, a questão que se colocava, era como reagiriam os azuis e brancos à esperada reacção do Benfica? Recuando e tentando explorar o contra-ataque, aproveitando os espaços que a equipa da casa ia dar? Ou mantendo a mesma forma de jogar, continuando a pressionar e a tentar recuperar a bola junto à área de Júlio César, na procura de beneficiar dos maiores riscos por parte do sector recuado do Benfica?
Não houve grandes alterações, mantivemos a mesma postura, nunca mais o clube do regime construiu uma oportunidade flagrante para marcar, o jogo chegou ao fim com uma vitória sem mácula do F.C.Porto. Para grande espanto de muita gente, incluindo alguns portistas de pouca fé, que a sua equipa ainda ainda nem jogou e já a consideram derrotada. Esses, hoje, devem estar a dizer: olha...ganhamos! Será que alguns dizem: que chatice?
Notas finais:
O F.C.Porto, com todas as dificuldades já referidas, consegue uma vitória destas e a Rádio Renascença, apenas dá 4 a José Peseiro?! O que precisa mais fazer um treinador do F.C.Porto para merecer a nota máxima? Uma goleada na Luz? Tenham dó, seus aziados!
Quando somos colectivamente fortes, temos atitude, o espírito correcto, não há nada a apontar, nem vale a pena estar a falar nas prestações individuais. Mas permitam-me destacar Chidozie, às vezes estes jogos servem para lançar na alta roda os jovens que têm valor. Aproveitou muito bem a oportunidade, daqui para a frente, só tem de ficar na equipa A. Também quero destacar Iker Casillas, hoje foi ele que manteve o F.C.Porto sempre dentro do jogo, salvou duas ou três asneiradas da sua defesa. Sem esquecer o bipolar, Hector Herrera.
Um obrigado para todos os portistas que a uma sexta-feira e com um temporal destes, foram à Luz apoiar o F.C.Porto, depois de tudo aquilo que sabemos... Vocês são grandes!
Viva a TVI 24. Quem festeja assim merece destaque. Só que depois...