segunda-feira, 4 de julho de 2016
Em primeiro lugar uma palavra de simpatia e agradecimento a todos os que tiveram a gentileza de desejar boas férias ao dono do tasco. Estas duas semanas foram óptimas, mas já passaram. E como o prometido é devido, estou de regresso na data prevista. Venho com o mesmo espírito e motivação de sempre, pronto e preparado para mais uma época que vai ser muito difícil e exigente, onde todos somos poucos para ajudar o F.C.Porto a regressar aos títulos. Três anos sem festejar é uma eternidade a que temos de por fim. A temporada 2016/2017 tem de ser a do regresso dos Dragões à normalidade e a normalidade, entre outras coisas, passa pela conquista do título de campeão nacional, sempre o principal objectivo da época. Sendo assim, embora não tendo esta época sobre os ombros a carga de ser o principal candidato ao lugar mais alto do pódio, carga que lhe colocaram nas épocas anteriores - e como isso teve influência e pesou no espírito de tanta gente...-, o F.C.Porto não enjeita a responsabilidade inerente a uma Instituição ganhadora e a mais vitoriosa dos últimos 30 anos no futebol português.
Com a selecção a monopolizar o dia a dia noticioso - Portugal joga pouco, mas assumiu e carrega a crença do seleccionador, já está nas meias finais e tem tudo para chegar à final -, os clubes vão regressando ao trabalho para preparar a nova época. No que ao F.C.Porto diz respeito, algumas questões importa abordar. Desde logo, uma palavra de apoio para o mexicano Omar Govea, um jovem com vontade, potencial e a quem o azar bateu à porta, ao lesionar-se com alguma gravidade. Que recupere bem e depressa, são os meus, nossos desejos.
Depois uma última nota sobre Helton: é verdade que houve uma certa frieza na hora da separação, mas porque será? Porque razão um clube renova por 2 anos com um jogador de 36 anos e vindo de uma lesão gravíssima, numa grande manifestação de apreço e reconhecimento e agora age assim? Quanto a ser o treinador a comunicar a decisão, só podia ser assim. Não tenho dúvidas: se Nuno quisesse, Helton ficava. Ponto final.
Continuando, falemos de Maicon. Quem acompanha a minha página do facebook já sabe, mas quem só frequenta o blog ainda não e por isso repito aqui o que disse lá, acrescentando mais umas coisas:
- Maicon Roque, cada vez que abres a boca só me fazes arrepender de uma coisa: não te ter desancado forte e feio após o jogo frente ao Arouca. Armar uma grande barraca de consequências gravíssimas - quem sabe se sem esse erro as coisas não teriam sido diferentes na época do F.C.Porto? - abandonar o campo e vir agora com desculpas esfarrapadas para justificar um erro grosseiro, é de canalha e mau carácter. Outro ponto final.
Também abordei o caso do microfone da lixeira da manhã tv que Cristiano Ronaldo atirou para a água e para manifestar total apoio para com a atitude do capitão da selecção. Patético e surreal foi ver a lixeira a fazer um comunicado crítico sobre análises e comentários à atitude de CR7. Uma lixeira que tem como prática corrente denegrir, difamar, perseguir, que viola sistematicamente a ética e a deontologia, sem consequências - alguma vez a ERC tomou uma posição dura contra aquela lixeira? Alguma vez eles foram condenados em tribunal com uma pena que pelo menos fizesse com que o crime não compensasse? - vir queixar-se, é o fim da picada. Como é o fim da picada ver gente que nunca tomou qualquer posição pública contra aquela lixeira a céu aberto que diariamente poluiu o ambiente, tomar-se de dores e clamar contra a atitude do madeirense.
Meus amigos, quando não há mais nada que resulte, se vale tudo, é preciso baixar ao nível deles e aí vai, microfone para a água.
Ainda a propósito, o "Chouriço" e mais uns quantos, anda a clamar contra os regulamentos da Liga que punem quem se estica na letra e fala em atentado à liberdade de expressão.
- Não, "Chouriço", não é nada disso. Uma coisa, por exemplo, é criticar um árbitro, dizer que ele errou e até teve influência no resultado. Outra é dizer, como tu disseste, que o árbitro viu o guarda-redes titular lesionado e expulsou, de propósito, o suplente, para que a tua equipa corresse o risco de ter na baliza alguém pouco habilitado para as funções e com isso, colocando em causa a honra e a seriedade do árbitro. Liberdade de expressão não é atacar e insultar o F.C.Porto, como tu fazes, sistematicamente. Ou achas que te fizeram umas festinhas porquê?
Se não compreendi a contratação de João Carlos Teixeira, muito menos compreendo a de Zé Manel. Mesmo sendo uma contratação sem grandes encargos, não vi no ex-jogador do Boavista nada que justifica-se a sua contratação. Mas como já cá está, desejo-lhe as boas-vindas e quando jogar oficialmente pelo F.C.Porto, só espero que me surpreenda e me faça engolir as palavras.
Há 6 anos e no dia de reabertura após férias, sem dizer o nome, dizia o seguinte: "Assim e depois de Paweł Kieszek e James Rodríguez, o Dragão até à morte está tentar confirmar aquela que será a bomba do defeso - um médio que fará as alegrias dos adeptos do F.C.Porto e essa sim, uma contratação de fazer abrir a boca de espanto. Oxalá se confirme!" Tratava-se, como sabem, de João Moutinho e veio a confirmar-se o seu ingresso no F.C.Porto, com o significado e importância que essa extraordinária contratação teve nessa épocas e nas seguintes. Agora volta a falar-se na possibilidade do pequeno/grande jogador regressar ao F.C.Porto. Gostaria muito, mas ao contrário do que aconteceu há 6 anos não tenho nenhuma indicação nesse sentido. Todas as outras possibilidades que vão surgindo, desde Alex Telles até Rojo, não comento. Apenas espero que no futuro a curto prazo se possa confirmar o tal ponta-de-lança já há semanas aqui falado, mas que continua sem nome... embora já tenha visto o nome do rapaz por aí.
Ainda não são conhecidas as contas relativas ao ano 2016/2017, mas como no terceiro trimestre os prejuízos foram elevados, superiores a 37 milhões de euros e não tivemos grandes receitas extraordinárias, leia-a, venda de jogadores, até 30 de Junho, é óbvio que os resultados vão ser muito negativos. Depois de no ano anterior termos facturado mais de 100 milhões de euros e apresentarmos contas positivas, este ano já não vai ser assim. Há quem já diga que violamos o fair-play financeiro e corremos riscos de ser sancionados pela UEFA. Não sei se corresponde à verdade, não domino totalmente o assunto, as informações que tenho é que ainda é cedo para se saber. Mas se for, é grave, não se admite, é preciso uma explicação. Não sei também se o modelo desportivo do F.C.Porto e que se baseia muito em contratar bem, formar, valorizar e transferir com mais valias, está esgotado ou se foi apenas algo que correu mal. O que sei é que não podemos juntar à falta de resultados a capacidade de resolver que tínhamos e agora parece ter desaparecido. Por mim, se for preciso mudar de paradigma, mude-se, estou aí na mesma. Já ganhamos muito quando os outros gastavam muito mais.