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sábado, 13 de agosto de 2016


O F.C.Porto venceu em Vila do Conde com justiça, conseguiu o mais importante que era entrar bem no campeonato, mas nunca foi capaz de se superiorizar, dominar um Rio Ave atrevido, corajoso e que nunca se entregou, mesmo quando ficou com dois golos de desvantagem. A equipa de Nuno Capucho discutiu sempre o jogo, rematou muito, valeu Casillas, com duas excelentes defesas, para que os Dragões não tivessem dissabores e a partida não se complicasse. Já o conjunto de NES, tirando a parte final da primeira-parte em que esteve por cima e a parte final da segunda, onde finalmente conseguiu ter posse e controlar o adversário, foi sempre uma equipa sem grande fulgor exibicional, valeu a inspiração de Corona e de Herrera, muito por culpa de um meio-campo incapaz de pegar no jogo, onde André André não me parece talhado para ser o homem que joga mais próximo do ponta-de-lança e o homem que assiste, define, inventa, remata, marca golos. Já o tinha dito depois do jogo com o Villarreal: porque não encostar o caxineiro à esquerda e colocar Otávio no meio?
Curiosamente e após a saída do pequeno brasileiro, André André encostou lá e estarei a ver mal se disser que foi o seu melhor período? É verdade que Otávio não fica sempre encostado à esquerda, procura zonas interiores, mas uma coisa é ter a preocupação de fechar, outra é ter a liberdade de jogar na zona central e mais próximo da área. Até posso estar enganado e Otavinho render mais na posição em que tem sido utilizado, mas que gostava de o ver pelo meio, gostava. Dito isto, mesmo registando a vontade e atitude da equipa e a capacidade que NES tem neste início de época de me surpreender como líder, com o importante play-off frente à Roma já aí, este Porto de Vila do Conde, chega? Para mim, não, é preciso muito mais Porto, mesmo que sejam estes que vão à luta, não sei quem substituirá Depoitre na lista, mas sei que Brahimi e Aboubakar cada vez parecem não contar.
É óbvio que se o F.C.Porto tiver de ir parar à Liga Europa, o responsável não é o treinador, é quem não lhe conseguiu dar, em tempo útil, os meios necessários. O central experiente ou menos experiente, achado importante, tarda, a novela Rafa eterniza-se, como se fosse pouco ainda tivemos o caricato episódio com a inscrição de Depoitre. Não é que o F.C.Porto passasse a ser o favorito no play-off, mas ficaria seguramente mais forte, mais capaz de sair vitorioso neste confronto muito importante.
Esta é a minha análise, não é pessimismo, muito menos má-língua, é realismo.

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