Porque ninguém cria entusiasmo, motiva, mobiliza e galvaniza pelo silêncio. Porque a marca, o produto e a indústria são importantes e nós, tal como Benfica e Sporting, não vendemos sapatos, volto à carga sobre esta questão da comunicação ou falta dela, do F.C.Porto.

Obviamente, temos de ser protagonistas dentro do campo, mas tão importante como ter bons treinadores, bons jogadores e boas equipas, é ter um discurso forte e objectivo, uma comunicação atenta, empenhada, corajosa, pró-activa, que quando for necessário reaja na hora. Se, como sabemos e nem preciso de repetir porquê, temos mais dificuldades em passar as nossas mensagens, fazer ouvir a nossa voz, então temos de falar mais alto, mais grosso, mais vezes. Não podemos é permitir que Benfica e Sporting tomem conta da agenda mediática a manipulem a seu belo prazer e em seu proveito. Não podemos permitir que se condicionem ou pressionem os agentes do futebol e em particular os árbitros, omitindo, branqueando ou extrapolando, sempre a favor de uns, contra o outro. Também temos de deixar de ter medo de papões que nos ameaçam com tudo, sejam eles a ERC, Sindicato dos Jornalistas ou outra qualquer entidade, dentro ou fora do futebol. Basta compilar em dossier a forma diferenciada como somos tratados; as constantes faltas de respeito para com uma Instituição Centenária e que tanto e tantos serviços presta ao país e para quem a dirige; as constantes violações da ética e deontologia; ou as constantes mentiras grosseiras e calúnias sobre o F.C.Porto; para que qualquer juíz ou entidade com responsabilidades em julgar na matéria nos dê razão.
 
Não podemos continuar a perder a guerra da comunicação por falta de comparência.
Se me é permitido formular um desejo, ele aqui vai: que se aproveite este tempo de mudanças para mudar também de políticas, sendo que na área da comunicação é fundamental encontrar outro caminho. E até pode ser com as mesmas pessoas...